segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O trabalho da mulher

Recebi um e-mail de uma amiga muito interessante, que merece ser lido e meditado. Passo a transcrevê-lo:
O VALOR DE UMA DONA DE CASA
Um homem chegou a casa após o trabalho e encontrou seus três filhos brincando do lado de fora, ainda vestindo pijamas. Estavam sujos de terra, cercados por embalagens vazias de comida entregue em casa. A porta do carro da sua esposa estava aberta. A porta da frente da casa também. O cachorro estava sumido, não veio recebê-lo.
Enquanto ele entrava em casa, achava mais e mais bagunça. A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava enrolado e encostado na parede. Na sala de estar, a televisão ligada aos berros num desenho animado qualquer, e o chão estava atulhado de brinquedos e roupas espalhadas. Na cozinha, a pia estava transbordando de pratos; ainda havia café da manhã na mesa, a geladeira estava aberta, tinha comida de cachorro no chão e até um copo quebrado em cima do balcão. Tudo isso sem contar que tinha um montinho de areia perto da porta...
Assustado, ele subiu correndo as escadas, desviando de brinquedos espalhados e de peças de roupa suja. “Será que a minha mulher passou mal?” Pensou ele. “Será que alguma coisa grave aconteceu?”.
Nesse momento ele viu um fio de água correndo pelo chão, vindo do banheiro. Lá ele encontrou mais brinquedos no chão, toalhas ensopadas, sabonete líquido espalhado por toda parte e muito papel higiênico na pia. A pasta de dente tinha sido usada e deixada aberta e a banheira transbordando água e espuma.
Finalmente, ao entrar no quarto de casal, ele encontrou sua mulher ainda de pijama, na cama, deitada e lendo uma revista. Ele olhou para ela completamente confuso, e perguntou: “Que diabos aconteceu aqui em casa?  Por que toda essa bagunça?”. Ela sorriu e disse:
- Todo dia você chega do trabalho e me pergunta: “Afinal de contas, o que você fez o dia inteiro dentro de casa?”. Bem... Hoje eu de verdade não fiz nada...
Tenho de admitir que o texto tem um certo tom que não favorece o bom relacionamento conjugal. É que, valendo-se do estilo de um feminismo distorcido, pensa que a “libertação” da mulher depende de um conflito com o homem, numa espécie de “luta de classes” doméstica, ao final do que ela alcançaria sua “autonomia”. Deixando de lado esse aspecto, o relato nos chama a atenção para outra realidade muito importante a ser considerada: como é pouco valorizado o trabalho da mulher no lar!
É indiscutível que a mulher exerce hoje um papel importantíssimo em nossa sociedade por meio de seu trabalho fora do lar. Muitas delas são empresárias, políticas, magistradas... E o fazem muito bem, superando muitos homens em capacidade de iniciativa, perspicácia, criatividade etc. E mesmo nos trabalhos aparentemente menos importantes (ressalto, aparentemente, pois todo trabalho honesto é digno de respeito) a mulher deve ser reconhecida e valorizada.
Porém, há um local em que ela é simplesmente insubstituível: no lar. Por mais que o marido se esforce, e é questão de justiça que ele a ajude nas tarefas da casa, é a ela que os filhos procurarão quando tiverem dor ou ficarem doentes. É ela que consegue dar um ar de família a qualquer casa, por mais modesta que seja. Somente em seu colo as crianças encontrarão a ternura imprescindível para que desenvolvam e cresçam verdadeiramente fortes.
Se é assim, por que a nossa sociedade é tão cruel em não reconhecer a dignidade do trabalho da mulher no lar? Pior ainda. Muitas mulheres têm de conciliá-lo com o trabalho fora. Aquele, o do lar, na minha opinião, é o mais nobre de todos. Nele ninguém a substituirá.

Nós, homens, como pouco observadores que somos, não damos conta de como elas são importantes. Talvez seja o caso de imaginarmos como seria o lar em que vivemos sem elas. Ou como teria sido sem elas a nossa infância. Sei que ao fazer essas considerações posso aguçar sentimentos no leitor que de fato não teve esse privilégio. Mesmo assim o faço, pois é necessário despertar em nossos corações uma verdade inegável: elas são insubstituíveis.

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