Recebi um e-mail de uma amiga muito interessante, que
merece ser lido e meditado. Passo a transcrevê-lo:
O VALOR DE UMA DONA DE CASA
Um homem chegou a casa após o
trabalho e encontrou seus três filhos brincando do lado de fora, ainda vestindo
pijamas. Estavam sujos de terra, cercados por embalagens vazias de comida
entregue em casa. A
porta do carro da sua esposa estava aberta. A porta da frente da casa também. O
cachorro estava sumido, não veio recebê-lo.
Enquanto ele entrava em casa,
achava mais e mais bagunça. A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava
enrolado e encostado na parede. Na sala de estar, a televisão ligada aos berros
num desenho animado qualquer, e o chão estava atulhado de brinquedos e roupas
espalhadas. Na cozinha, a pia estava transbordando de pratos; ainda havia café
da manhã na mesa, a geladeira estava aberta, tinha comida de cachorro no chão e
até um copo quebrado em cima do balcão. Tudo isso sem contar que tinha um montinho
de areia perto da porta...
Assustado, ele subiu correndo
as escadas, desviando de brinquedos espalhados e de peças de roupa suja. “Será
que a minha mulher passou mal?” Pensou ele. “Será que alguma coisa grave
aconteceu?”.
Nesse momento ele viu um fio de
água correndo pelo chão, vindo do banheiro. Lá ele encontrou mais brinquedos no
chão, toalhas ensopadas, sabonete líquido espalhado por toda parte e muito
papel higiênico na pia. A pasta de dente tinha sido usada e deixada aberta e a
banheira transbordando água e espuma.
Finalmente, ao entrar no quarto
de casal, ele encontrou sua mulher ainda de pijama, na cama, deitada e lendo
uma revista. Ele olhou para ela completamente confuso, e perguntou: “Que diabos
aconteceu aqui em casa? Por que toda
essa bagunça?”. Ela sorriu e disse:
- Todo dia você chega do
trabalho e me pergunta: “Afinal de contas, o que você fez o dia inteiro dentro
de casa?”. Bem... Hoje eu de verdade não fiz nada...
Tenho de admitir que o texto tem um certo tom que não
favorece o bom relacionamento conjugal. É que, valendo-se do estilo de um
feminismo distorcido, pensa que a “libertação” da mulher depende de um conflito
com o homem, numa espécie de “luta de classes” doméstica, ao final do que ela
alcançaria sua “autonomia”. Deixando de lado esse aspecto, o relato nos chama a
atenção para outra realidade muito importante a ser considerada: como é pouco
valorizado o trabalho da mulher no lar!
É indiscutível que a mulher exerce hoje um papel
importantíssimo em nossa sociedade por meio de seu trabalho fora do lar. Muitas
delas são empresárias, políticas, magistradas... E o fazem muito bem, superando
muitos homens em capacidade de iniciativa, perspicácia, criatividade etc. E
mesmo nos trabalhos aparentemente menos importantes (ressalto, aparentemente,
pois todo trabalho honesto é digno de respeito) a mulher deve ser reconhecida e
valorizada.
Porém, há um local em que ela é simplesmente
insubstituível: no lar. Por mais que o marido se esforce, e é questão de
justiça que ele a ajude nas tarefas da casa, é a ela que os filhos procurarão
quando tiverem dor ou ficarem doentes. É ela que consegue dar um ar de família
a qualquer casa, por mais modesta que seja. Somente em seu colo as crianças
encontrarão a ternura imprescindível para que desenvolvam e cresçam
verdadeiramente fortes.
Se é assim, por que a nossa sociedade é tão cruel em
não reconhecer a dignidade do trabalho da mulher no lar? Pior ainda. Muitas
mulheres têm de conciliá-lo com o trabalho fora. Aquele, o do lar, na minha
opinião, é o mais nobre de todos. Nele ninguém a substituirá.
Nós, homens, como pouco observadores que somos, não
damos conta de como elas são importantes. Talvez seja o caso de imaginarmos
como seria o lar em que vivemos sem elas. Ou como teria sido sem elas a nossa
infância. Sei que ao fazer essas considerações posso aguçar sentimentos no
leitor que de fato não teve esse privilégio. Mesmo assim o faço, pois é
necessário despertar em nossos corações uma verdade inegável: elas são
insubstituíveis.
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