segunda-feira, 10 de março de 2014

Dia da Mulher

No último 8 de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Gostaria de prestar uma justa homenagem trazendo ao debate um pronunciamento feito pelo vereador de Americana, Eduardo da Farmácia. Em sessão plenária da Câmara o parlamentar disse que “o ideal seria que os maridos tivessem salários melhores para que as esposas pudessem ficar em casa, cuidando dos filhos”. Houve forte reação do movimento feminista. Diante disso, ele esclareceu: “o que quis dizer é que se o salário do provedor, que geralmente é o homem, fosse maior, as mulheres teriam a opção de ficar em casa e dedicar atenção maior à família. Não que seja uma imposição”.

A mulher desempenha hoje um papel importante fora do lar, seja governando uma nação, seja ocupando cargos no Parlamento, no Poder Judiciário, nas empresas etc. Em todos esses setores encontramos profissionais competentes e que prestam relevantes trabalhos em benefício de todos.

No entanto, observamos também uma forte postura discriminatória em relação a muitas mulheres. Refiro-me àquelas que optam por dedicar suas vidas – ou alguns anos dela – exclusivamente à educação dos filhos e ao cuidado da família. Com a expressão pejorativa “do lar” anotada como profissão, são frequentemente tratadas como profissionais de terceira ou quarta categoria.

É preciso reconhecer, porém, que se todos trabalhos desempenhados pela mulher devem ser valorizados e respeitados, tanto mais respeito e admiração deveriam ser tributadas àquelas que livremente optam por se dedicar exclusivamente à educação dos filhos e cuidado da família. É cientificamente provado que a presença da mãe nos primeiros anos de vida é fundamental para o desenvolvimento sadio da criança. Além disso, a mulher sabe como ninguém construir um ambiente de carinho e ternura, ingredientes indispensáveis para fazer de uma casa um lar. E toda a sociedade se beneficia com isso.

É evidente, como bem ponderou o vereador, que esse trabalho exclusivamente no lar não pode ser imposto à mulher. Além disso, essa livre decisão dela não pode representar jamais uma atitude de submissão servil ao marido. Isso sim seria um retrocesso e um machismo inadmissíveis. Essa opção da mulher também não dispensa o esposo de atuar como protagonista na educação dos filhos. Ainda que chegue cansado do trabalho, deverá se interessar pelo desempenho escolar deles. E é justo que assuma algumas tarefas em casa.

Penso que a maior crítica que merece o movimento feminista – porque nisso não contribui para o respeito à dignidade da mulher – é a postura de enfrentamento, como se os direitos das mulheres fossem o simples resultado da vitória numa espécie de guerra dos sexos. Não é necessário que seja assim.

Seria infeliz uma mulher que optasse por ser mãe e esposa, mas que ao mesmo tempo tivesse um marido que a ama de verdade? Que lhe telefonasse durante o dia apenas para saber como ela está? Que se interessasse por ela, que lhe trouxesse algum agrado sem qualquer motivo aparente, apenas para dizer que a ama? Que lhe ajudasse nas tarefas da casa? Que a poupasse dos trabalhos domésticos no final de semana? Que a convidasse para sair só os dois ao menos uma vez por semana?

Não é machismo defender o direito da mulher escolher o que pretende para a sua vida, em especial ser mãe, com as consequências que a maternidade traz consigo. Injusta discriminação talvez seja forçá-la a desempenhar um trabalho externo quando o seu coração (e a razão) estão a lhe sugerir que se dedique à família e aos filhos. O trabalho da mulher é muito importante em muitos setores, mas há um em que ela é simplesmente insubstituível: no lar.

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