segunda-feira, 30 de abril de 2018

Dia do Trabalho


Amanhã comemoramos o dia mundial do trabalho. Ocasião ideal para meditarmos sobre o valor que ele tem nas nossas vidas, nas nossas famílias e na nossa sociedade. Afinal, por que trabalhamos? O que nos move a dedicarmos várias horas por dia a uma atividade profissional, muitas vezes cansativa e estressante?

Muitos consideram o trabalho como um mal necessário. Temos a necessidade de ganhar dinheiro para suprir as necessidades pessoais e familiares, de modo que, salvo para alguns poucos privilegiados, que podem levar uma vida folgada sem trabalhar, para a imensa maioria dos seres mortais é necessário fazer algo que nos assegure a subsistência.
Outros, acabam por encontrar satisfação no trabalho que desempenham. Talvez com muito esforço e intensa dedicação, souberam alcançar um posto a que tanto almejavam, ou ainda caminham para isso. Mas aceitam com gosto todo o sacrifício que implica a luta incessante pelo sucesso profissional. Movem-nos, porém, uma necessidade de autoafirmação, a vaidade, o desejo de brilhar, o poder ou ainda o afã de alcançar um reconhecimento dos demais etc.
Penso que o trabalho é sim um meio para obter os recursos necessários para o sustento próprio e da família. Também não é em si ruim o desejo de sucesso e de reconhecimento profissional. No entanto, o trabalho tem uma dimensão muito maior.
O trabalho tem uma dignidade que precisa ser valorizada. Nesse sentido, é tempo de reconhecermos que todo trabalho honesto é digno. Com isso, não faz sentido classificar as pessoas conforme o trabalho que desempenham. Numa companhia é tão importante a faxineira como o do Diretor Presidente. E tomara que num futuro não muito distante sejam reduzidas as gritantes diferenças de remuneração, que muitas vezes fazem que essas nossas considerações não passem de discursos vazios...
O trabalho é, também, um meio privilegiadíssimo para crescermos nas virtudes. É necessária, por exemplo, a fortaleza para perseverar diante das dificuldades naturais que se apresentem em qualquer atividade profissional. O desejo de justiça nas relações laborais também nos impulsionará a cumprirmos os nossos deveres com a instituição para a qual trabalhamos, para com os colegas, para com a nossa família e para com toda a sociedade.
E o trabalho é também ocasião para ajudarmos e para servir aos demais. Toda atividade, por mais burocrática que pareça, sempre é um serviço que direta ou indiretamente se presta aos outros. Assim, dependendo da intencionalidade com que realizamos as tarefas que nos cabem, podemos contribuir enormemente para fazer melhor a vida daquelas e daqueles que dependem do nosso trabalho.
Além disso, a maneira como nos portamos no ambiente de trabalho tem enorme repercussão na vida dos nossos colegas. Há pessoas – sabemos por experiência própria – que parecem trazer uma nuvem cinzenta sobre a cabeça, tornando carregado o clima por onde passam, com suas caras amarradas, tom amargo e ares pessimista e lamuriento. Outras, ao contrário, sabem superar com alegria e bom humor as dificuldades – grandes ou pequenas – que sempre surgem em qualquer repartição. Com isso, fazem mais amável a vida de quem com elas convivem.
Um grande desafio, portanto, é saber construir um saudável ambiente de trabalho. E o segredo está, muitas vezes, em esquecermo-nos de nós mesmos para pensar nos colegas, nos clientes, nos familiares, enfim, em todos que direta ou indiretamente dependem do nosso trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário