tag:blogger.com,1999:blog-36839816203331931612024-03-13T04:38:08.514-03:00Coluna Virtual - Fábio ToledoFábio Toledohttp://www.blogger.com/profile/04173664776501071628noreply@blogger.comBlogger539125tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-50542231238607539432020-09-14T10:27:00.007-03:002020-09-14T10:27:42.318-03:00Lições da dificuldade econômica<p> </p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
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</w:wrap></v:imagedata></v:shape></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitT7-wzsLukhi6LgVz_zwbOHLzjpVsTHOuoFzaYgVhx_XaAWMIIlbaUxBF4vLsWi1lmexgB-NZvrjJhwZblK7tr74h-mqA2VswDBl6qYWmJP2MZA4rNXgYKyAIwp_o3sFvwruPH2peuf8/s1080/Design+sem+nome+%252814%2529.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitT7-wzsLukhi6LgVz_zwbOHLzjpVsTHOuoFzaYgVhx_XaAWMIIlbaUxBF4vLsWi1lmexgB-NZvrjJhwZblK7tr74h-mqA2VswDBl6qYWmJP2MZA4rNXgYKyAIwp_o3sFvwruPH2peuf8/s320/Design+sem+nome+%252814%2529.png" /></a></div>A pandemia virou a nossa cabeça e as
nossas vidas de pernas para o ar. Ainda estamos tentando nos encontrar nessa
nova situação. Fala-se num “novo normal” – confesso que não gosto dessa expressão
– que surgirá após esse tempo que tem testado a nossa paciência, a nossa fortaleza
e – por que não dizer? – a nossa fé. Um ponto muito sensível e que merece
especial atenção é a questão econômica. Quando as contas apertam, isso pode
prejudicar o relacionamento com as nossas esposas, com os nossos maridos,
abalando a paz na família.<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">As pessoas que se encontram em dificuldade econômica – e estou certo de
que é a maioria – precisam desenvolver três pontos de luta, antes que a
preocupação que as assola possa redundar numa crise de nervos, ou mesmo
problemas psicológicos mais graves, como uma depressão. E penso que o esforço
para se enfrentar com serenidade esses momentos pode se desenvolver em três
aspectos das nossas vidas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">O primeiro deles é a imaginação. Já se disse que é a “louca da casa”. Ela
não é ruim. A literatura, o cinema e a arte em geral encontra nela uma
importante aliada. E não só isso. Precisamos dela para desfrutar de um bom
livro ou reconstruir mentalmente uma cena que nos é contada. Porém, se a
deixamos solta quando algo nos preocupa, talvez nos sugira que vai nos faltar o
necessário, que vamos “quebrar” etc.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">A outra é a memória. A necessidade dela dispensa comentários. Porém, também
pode exercer um papel negativo. Talvez ficamos pinçando acontecimentos passados
das nossas vidas para colocar na nossa esposa ou no nosso marido a culpa por
uma dificuldade que estejamos passando.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">E um terceiro ponto são os pensamentos distorcidos atuam para nos afundar.
Conheço pessoas que perdem o sono tentando buscar uma solução para os problemas,
remoendo coisas negativas enquanto tentam – em vão – pregar no sono, que não
vem...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">Mas, o que fazer? É que não podemos controlar – ao menos diretamente – esses
atributos da alma humana. Com efeito, não adianta dizermos para nós mesmos: “não
posso pensar nisso agora” ou “não convém trazer tais recordações nesse momento”.
Eles simplesmente vêm sem que tenhamos total controle.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">No entanto, devemos considerar que, se não conseguimos enfrentá-los
diretamente, se não adianta adianta “brigar” contra eles, podemos atuar
indiretamente, preenchendo o nosso tempo com outras coisas. Assim, podemos desviar
a memória, a imaginação e os pensamentos para coisas mais agradáveis. Ler um bom
livro, assistir um filme, ouvir uma música, esforçarmo-nos para mergulhar
seriamente no trabalho no tempo que tivermos de dedicar a isso e,
principalmente, ocuparmo-nos dos outros. Quando estamos ocupados com os demais,
não sobra tempo para pensar em bobagens.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">Talvez nos dirá: “mas isso não é fugir do problema?”. NÃO! No momento
certo, com a cabeça fresca, devemos pensar em todas as possibilidades, com
serenidade. Mais ainda, se somos casados, marido e mulher devem analisar juntos
a situação, sem acusações, com esperança e otimismo. E, se depois de analisar
por todos os lados, não surgir uma solução humanamente viável, pode-se
considerar que “o que não tem solução, solucionado está”. O importante é não
perder a paz.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">Agora, para aquelas e aqueles que têm fé, talvez seja o caso de uma última
consideração: “Não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois que o dia de amanhã
se o preocupará de si mesmo. Basta a cada dia o seu afã” (Mt 6, 34).<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></p><div id="icpbravoaccess_loaded"></div>Fábio Toledohttp://www.blogger.com/profile/04173664776501071628noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-43425130069386546582020-08-17T18:56:00.005-03:002020-08-17T19:02:00.745-03:00Crimes verdadeiramente hediondos<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyNd84krR0W7sN_bWh-L5qLPDUFk8vyE7k-YSV-qAADFS9GxlqA8-c-zeV1dYDdNrLy5RfDP5EFNYiD-chAA_3f7ePdVo_g41b-FDIKfLxUxnoKP9mTLVQlWZqA50eDlvD4t6V9cBONmQ/s2048/IMG_20170411_075807879+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyNd84krR0W7sN_bWh-L5qLPDUFk8vyE7k-YSV-qAADFS9GxlqA8-c-zeV1dYDdNrLy5RfDP5EFNYiD-chAA_3f7ePdVo_g41b-FDIKfLxUxnoKP9mTLVQlWZqA50eDlvD4t6V9cBONmQ/s640/IMG_20170411_075807879+%25281%2529.jpg" width="640" /></a></div><div><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;"><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span></span></div><div><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span></div><div><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;"><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span>Causou
perplexidade o aborto em uma menina de 10 anos, que engravidou em decorrência
de abusos sexuais. Ressalto que estou impedido de me manifestar sobre decisões
judiciais. Mas temos o direito de discorrer sobre a questão em si. E confesso
ao leitor que a primeira coisa que me veio à cabeça ao refletir sobre o tema
foi o seguinte: “o que faria se a vítima desse crime hediondo fosse minha
filha?”.</span></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">As ações a serem tomadas
seriam muitas e impossíveis de serem enumeradas agora, até porque dependeria
das circunstâncias concretas. Mas há uma postura de fundo que é universal:
afogar o mal em abundância de bem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Assim, penso que a
atitude que tomaríamos seria cuidado, carinho, acolhida, compreensão, em uma
palavra: AMOR. Isso implicaria uma gama de ações, tais como acompanhamento
psicológico, atendimento médico adequado e humanizado. Mas dentre as inúmeras
possibilidades para cuidar dessa mulher – no caso, dessa menina – que foi
vítima de uma violência sexual horrorosa, não estaria em absoluto, a
possibilidade de tirar a vida do bebê que ela traz no ventre.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Lembro-me do pós-parto
do nosso sétimo filho. Ele teve uma complicação respiratória poucas horas após
o nascimento e, por isso, foi encaminhado à UTI neonatal. Foram dias muito
difíceis. Os pais que já passaram por isso sabem a angústia e sofrimento que
permeia essa situação. Passado o susto inicial, fiquei simplesmente encantado
com o serviço prestado pela Maternidade de Campinais. Ao contemplar o carinho
que dedicavam aos pacientes, aquelas enfermeiras me pareciam uns anjos com a forma
humana. E isso não se deve ao fato de ser paciente de plano de saúde, pois ali todos
tinham exatamente o mesmo atendimento. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Ali na UTI neonatal,
bem ao lado do nosso filho, Rafa, estava outro bebê, que elas apelidaram
carinhosamente de Pedrão. Era um bebê que nasceu de 21 ou 22 semanas, pesava
cerca de 600g e que lutava a duras penas para sobreviver. Nunca fiquei sabendo
por que aquela criatura estava ali. Mas as circunstâncias indicavam que a mãe
fez uma tentativa de aborto “mal” sucedida. Sim, porque o bebê nasceu com vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Com isso, sempre que se
fala em aborto, principalmente quando a gestação está mais avançada, vem-me à
memória o Pedrão. Não sei se ele resistiu e sobreviveu, mas sou testemunha de que
lutou para viver. E era de encher os olhos – de alegria e de dor – ver o
carinho com que aquelas moças, verdadeiras profissionais da saúde a serviço da
vida, cuidavam dele, dia e noite...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Creio que já disse o
que penso e que posso dizer sobre o caso que nos propõem. Mas ouso acrescentar
algo mais. Muitos de nós, cristãos, fazemos muita gritaria em defesa da vida,
principalmente em casos dessa natureza. E devemos mesmo lutar mesmo para que o
respeito à vida, desde o nascimento até o seu fim natural, seja assegurado nas
Leis, nas políticas públicas, nas ações dos governantes, na sociedade, na nossa
família e em cada um de nós.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Não nos esqueçamos,
porém, que é preciso acolher essas mulheres, que por motivos que não nos cabe
julgar tenham cometido esse erro terrível. Com efeito, se elas um dia forem atrás
desses algozes que trabalham para tirar a vida de um ser inocente, e se
disserem arrependidas, talvez ouçam algo do tipo: “que nos importa, é lá
convosco”. Mas um cristão autêntico não pode agir assim! É preciso acolher, é
preciso compreender, é preciso perdoar. É preciso, enfim, um amor que seja
cautério que cicatrize as feridas, muitas vezes profundas, deixadas pelos
inimigos da vida. <o:p></o:p></span></p><br /></div>Fábio Toledohttp://www.blogger.com/profile/04173664776501071628noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-52335754361113907972020-04-29T10:50:00.000-03:002020-04-29T10:50:05.506-03:00Um homem que não vendeu a sua alma<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid7J1s21T5AnuL5lRqJrL_I_8y4h_Wq0TsqIyb0O70NWdiA1n6_CUSOxZcn1MzVZAHUf5q-nnBMaTcQe_EYkzuG75cttNT1oaGEeSKVFep4gbggiwx8yzvZ_3pNiKN0DTIxvIux9tGBwk/s1600/94137928_2728769247357476_1550002432396754944_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid7J1s21T5AnuL5lRqJrL_I_8y4h_Wq0TsqIyb0O70NWdiA1n6_CUSOxZcn1MzVZAHUf5q-nnBMaTcQe_EYkzuG75cttNT1oaGEeSKVFep4gbggiwx8yzvZ_3pNiKN0DTIxvIux9tGBwk/s320/94137928_2728769247357476_1550002432396754944_o.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Thomas More, o célebre
humanista inglês, foi eternizado pela história como o “mártir da consciência”. Ele
foi advogado, membro do Parlamento, Diplomata e chegou a ser Chanceler do
Reino, o que equivalia ao de Juiz supremo, embora o cargo abrangesse também
funções administrativas. E isso sem contar seu invejável dote literário, autor
de inúmeros escritos, dentre os quais nos legou sua obra mais famosa: Utopia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Apesar de todo esse
sucesso, como sabemos, More teve um fim trágico. Instado por Henrique VIII a
prestar um juramento que contrariava a sua consciência, negou-se veementemente
a fazê-lo. Por isso, foi julgado e condenado à morte. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Um detalhe muito
significativo da vida deste grande santo ocorreu nos seus últimos instantes de
vida. Quando caminhava para ser decapitado, uma mulher “recriminou-o por ter
dado uma sentença contra ela quando Chanceler; More respondeu-lhe sem a menor
amargura: ‘Lembro-me bem do teu caso. Se tivesse que dar a sentença de novo,
seria exatamente a mesma’” (A sós, com Deus. Escritos da Prisão).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Confesso ao leitor que,
como juiz, sempre que leio essa passagem, um calafrio sobe pela espinha. Com
efeito, no entardecer da nossa passagem por vida terrena, poderemos ter uma
consciência tão tranquila como demonstrou More tê-la nesses momentos
derradeiros?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">O exemplo de Thomas
More brilha na história como um homem que não se curvou às injustas exigências
de um tirano!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">A sua vida é um
testemunho que nos alerta sobre a radical importância de todo ser humano seguir
os ditames da sua consciência, ainda que isso implique perder a honra, cargos,
a possibilidade de êxito profissional e até a própria vida por uma causa justa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">A história de Thomas
More se repete, também aqui no nosso País e, de certo modo, na vida de cada um
de nós. Muito provavelmente não correremos o risco de perder a vida ao tomar
uma decisão que nos parece correta. No entanto, muitas vezes iremos nos deparar
com situações em que agir de acordo com a ética implicará perder dinheiro,
oportunidade de negócios, emprego ou até mesmo termos a nossa honra
vilipendiada em campanhas difamatórias, tão comuns nesses tempos em que a
notícia – e, com ela, a mentira, os chamados “fake News “ – corre numa
velocidade frenética.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">É muito triste notar
como não se age de acordo com a consciência, mas segundo interesses. Já os
Evangelhos nos trazem um relato muito claro disso: “27. Jesus e seus discípulos
voltaram outra vez a Jerusalém. E andando Jesus pelo templo, acercaram-se dele
os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos, 28.e perguntaram-lhe:
“Com que direito fazes isto? Quem te deu autoridade para fazer essas coisas?”.
29.Jesus respondeu-lhes: “Também eu vos farei uma pergunta; respondei-ma, e vos
direi com que direito faço essas coisas. 30.O batismo de João vinha do céu ou
dos homens? Respondei-me”. 31.E discorriam lá consigo: “Se dissermos: Do céu,
ele dirá: Por que razão, pois, não crestes nele? 32.Se, ao contrário,
dissermos: Dos homens, tememos o povo”. Com efeito, tinham medo do povo, porque
todos julgavam ser João deveras um profeta. 33.Responderam a Jesus: “Não o
sabemos” –. “E eu tampouco vos direi” – disse Jesus – “com que direito faço
essas coisas” (Mc, 11, 27-33).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Esses personagens não
agiram de acordo com a sua consciência. Provavelmente teriam uma resposta, mas
agem com astúcia, medindo as consequências, sem compromisso com a verdade. Será
que muitas das nossas escolhas e decisões não são tomadas com critérios
semelhantes?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Aproveitemos esses
duros momentos que vivemos para meditar se somos coerentes, em todas as
situações, com os ditames da nossa consciência, aconteça o que acontecer.
Afinal, de que vale a um homem ganhar um mundo inteiro se vier a perder a sua
alma?<o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-89420431973448091912020-04-22T16:37:00.000-03:002020-04-22T16:37:49.543-03:00Começar e recomeçar<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2QYLkuvKlW_APttCD4fhvyVJEbknSd6Wev_3AYgQ0q19yFHBtnIInHfSvK0G0a_i35wKhrzUNa8fanlbeIE9M3HgXtEUDD8awhOl-7F1G7Nz7oOFBVlVec_YEph2Dv9xupd_BEaCMm7I/s1600/blog+come%25C3%25A7ar+e+recome%25C3%25A7ar.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2QYLkuvKlW_APttCD4fhvyVJEbknSd6Wev_3AYgQ0q19yFHBtnIInHfSvK0G0a_i35wKhrzUNa8fanlbeIE9M3HgXtEUDD8awhOl-7F1G7Nz7oOFBVlVec_YEph2Dv9xupd_BEaCMm7I/s320/blog+come%25C3%25A7ar+e+recome%25C3%25A7ar.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Transcorridos esses
dias de isolamento e todo o contexto em que estamos vivendo por conta da
pandemia, podemos ter uma certeza: nenhum de nós será o mesmo quando tudo isso
passar, como também o mundo não será o mesmo. É certo que a história de cada
pessoa e a da humanidade inteira é uma constante evolução. Há ocasiões, porém,
em que os acontecimentos se sucedem com uma força avassaladora, capazes de
trazer grandes transformações num curto espaço de tempo. Certamente estamos
passando por um desses momentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">É curioso notar como as
pessoas reagem de maneira diferente diante das mesmas circunstâncias. Uns
crescem com as dificuldades, tornando-se mais pacientes, mais caridosos, mais
amáveis, em uma palavra, mais virtuosos. Outros, ao contrário, tornam-se mais
azedos, mais impacientes, mais irritadiços, em suma, recrudescem nos vícios.
Por que motivo a mesma situação produz resultados tão diferentes nas pessoas?
Muitas vezes se trata de membros de uma mesma família, que vivem sob o mesmo
teto, que enfrentam as mesmas dificuldades, porém, reagem de modos muito
diversos diante delas. Por quê?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Certa vez ouvi de um
sábio que Deus age conosco como um habilidoso escultor. Esse trabalha sobre um
material inerte, como o mármore ou a madeira. A golpes, umas vezes maiores,
outras menores, vai tirando, lixando, moldando, até que se transforme naquela
obra magnífica. Só que o nosso Artífice divino trabalha sobre seres livres que
somos nós. Por vezes aceitamos os golpes, ora fugimos deles. Eis aqui o motivo
pelo qual as mesmas dificuldades ora esculpem um santo, ora um ...
insuportável...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Mas a nossa vida é
dinâmica. Ora estamos bem, ora surge o desalento. Nesses tempos de confinamento
esses altos e baixos, como também os nossos defeitos e as nossas irritações
tendem a ter uma ressonância maior nos que estão ao nosso lado, provavelmente
trancafiados conosco sob o mesmo teto. Por isso, um grande desafio é o esforço
para nos amparamos mutuamente. E isso numa dupla direção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Primeiro, quando vemos
que alguém que está ao nosso lado não está bem, deveríamos ter a delicadeza
para perceber que precisa de ajuda. Talvez sugerir que faça algo de que gosta,
como assistir a um filme, ler um livro, ficar um instante a sós em algum canto
da casa, fazer uns minutos de exercício físico ou mesmo dar um passeio em
locais em que não há risco de contágio, por exemplo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Segundo, quando formos
nós que não estamos bem, então que tenhamos a humildade de dizer que precisamos
de ajuda, talvez de um tempo para relaxar, fazendo algo que nos agrada. Não nos
esqueçamos, porém, que a maior fonte de alegria e de felicidade está em nos
ocuparmos dos demais. Assim, se reclamamos um pouco de descanso e de
descontração, que isso tenham um único propósito: repor as energias para,
depois, servir melhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Esse tempo de
isolamento é uma ocasião fantástica de crescer para dentro. Nos países de clima
frio, em que a neve cobre as plantas, parece que essas morreram durante o
inverno. Mas não! Ressurgem a cada primavera. O mesmo pode acontecer agora
conosco. Essa forçosa inatividade pode ser ocasião para sermos pessoas
melhores. Deixemos que o Artífice divino nos faça aquela bela escultura que nos
seus desígnios eternos tem preparado para cada um de nós. E, se repararmos bem,
essa obra de arte não é feita apenas de golpes. Há também muitos movimentos
suaves que soam como carícias... E todos eles são muito bem ordenados para um
mesmo fim: a nossa perfeição. Basta que deixemo-Lo agir. <o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-72456361521687437402020-03-30T15:31:00.000-03:002020-03-30T15:31:08.181-03:00Lições do isolamento<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPYB1DtfzuWUemLIW6S-qK2eHkCCp9ms27F3bT_4u2AFN-ndvVasr0xXwbyq8l8Sya4Qlko4JjwSaTQXwtpvk5taVmSBX3vdxepdHyhxz0a27BcIsSnKMaKu6pRrubQHl6LMX8ML5dxec/s1600/blog+isolamento.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPYB1DtfzuWUemLIW6S-qK2eHkCCp9ms27F3bT_4u2AFN-ndvVasr0xXwbyq8l8Sya4Qlko4JjwSaTQXwtpvk5taVmSBX3vdxepdHyhxz0a27BcIsSnKMaKu6pRrubQHl6LMX8ML5dxec/s320/blog+isolamento.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Muitas famílias estão
em isolamento no nosso País e no mundo nos últimos dias. É provável que ninguém
de nós tenha passado por situação semelhante em toda a vida. Isso pode ser
ocasião para sermos pessoas melhores ou, ao contrário, ser motivo para conflitos,
brigas e desentendimentos, que tanto abalam o convívio familiar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt; text-indent: 2cm;">Por isso, gostaria de
compartilhar hoje com o leitor algumas experiências que temos vivenciado na
nossa família.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Em meio ao isolamento, há
alguns dias, foi o aniversário de oito anos do nosso nono filho, o Vicente. Há
um costume na nossa família de ganhar café da manhã na cama nesse dia. Só que o
leite acabou. Como tínhamos sintomas suspeitos da temível doença (tosse, dor de
garganta e um pouco de falta de ar), não me aventurei a ir até a padaria comprar,
apesar de ter prometido isso a ele na véspera. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Diante disso, o jeito
foi me contentar com uns ovos mexidos decorados com ketchup e o nome dele
escrito com uns bacons fritos. Estou certo de que seria desclassificado de
plano em qualquer concurso de MasterChef para criança. A reação dele, porém,
quebrou todas as minhas expectativas. Ficou felicíssimo. Comia aqueles ovos sem
graça como se fosse o prato mais delicioso do mundo...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Então nos veio a
primeira lição: contentemo-nos com o que temos. Com muito pouco, é possível
fazer felizes os que estão ao nosso lado. Acontece que temos uma tendência para
criar necessidades. Colocamos uma série de requisitos para que se possa fazer uma
comemoração. No entanto, na simplicidade e nos pequenos detalhes de carinho e
atenção é que se esconde o segredo da paz na família.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">O dia seguiu e a minha
querida e dedicada esposa convenceu o nosso médico a me atender, apesar de ser
um sábado. Ele também ficou com a suspeita de que de fato eu posso ter sofrido
o contágio com o Coronavírus. Voltei para casa me sentindo privilegiado.
Afinal, os sintomas não foram tão incômodos assim e, se confirmado, estaria
inume em pouco tempo e, quando não mais houvesse risco de contágio para outras
pessoas, estaria afinal livre do isolamento. Só que não. Após inúmeras
tentativas, todas em vão, fiquei sabendo que o exame só é feito em pacientes
graves, o que não é o meu caso. Com isso, ficarei indefinidamente na dúvida. E
segue o isolamento até o final...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Eis aqui a segunda
lição: não temos controle de nada na nossa vida. Deus está no comando. Ele sabe
mais e melhor o que nos convém. Muitas vezes fazemos planos e nos irritamos que
as coisas não ocorram tal como havíamos planejado. Acontece que a felicidade
não está em que tudo corra bem, de acordo com o nosso planejamento. Ao
contrário, ela está também na aceitação das contrariedades, com a certeza de
que são enviadas ou ao menos permitidas por um Pai que nos ama e que cuida de
nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Como era um sábado,
decidi não trabalhar em home office. Finalmente teria algumas horas para ler o
livro que espero há tanto tempo, pensei. Só que não. Preparativos para o
aniversário – somente com os irmãos presentes, o que não é pouco – depois
jogos, nos quais fui vivamente requisitado, o Álvaro, de 2 anos, exigindo a
atenção... Enfim, tive de me contentar com 15 ou 20 minutos de leitura...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Depois disso tudo,
fizemos uma oração em família. Logo após, sem saber o motivo, invadiu uma
sensação profunda de paz e alegria...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Recebi, então, a terceira
lição: o segredo da felicidade está em pensar nos outros. Já o apego ao nosso
comodismo, o pensar apenas em nós mesmos é a receita ideal para a frustração e
para a tristeza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Aproveitemos, pois,
intensamente esse tempo de isolamento. Quem sabe o dia que voltarmos à vida
normal, o mundo e os locais que frequentamos receba pessoas melhores, que
souberam adquirir muitas virtudes nesses momentos difíceis.<o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-37468534258693060572020-03-13T13:01:00.000-03:002020-03-13T13:01:49.857-03:00Quando o assunto é dinheiro...<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirPVVBiO6RzwF1KJXPjr91kXcat0zRcE7NHd6x7HvINJnSF9UcEqBsGz3mq7G1FU0FSKXkHwkrsVjWZiqESw-8A2ZxL8jqLVMvAoZmPg33BgWWX-_XUEPYwnIKM4HxqBVdMuy4GYPDzcI/s1600/blog+quando+o+assunto+%25C3%25A9+dinheiro.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirPVVBiO6RzwF1KJXPjr91kXcat0zRcE7NHd6x7HvINJnSF9UcEqBsGz3mq7G1FU0FSKXkHwkrsVjWZiqESw-8A2ZxL8jqLVMvAoZmPg33BgWWX-_XUEPYwnIKM4HxqBVdMuy4GYPDzcI/s320/blog+quando+o+assunto+%25C3%25A9+dinheiro.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm; vertical-align: bottom;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Certa
vez, um orientador familiar ouviu de um casal que estava pensando no divórcio,
pois começaram a brigar e a discutir muito por motivo de dinheiro, ou melhor,
pela falta dele. E o especialista respondeu com simplicidade: “Vocês vão se
separar porque a grana tá curta?! Mas como ficarão, depois, os custos de dois
imóveis, as duas contas de energia, de água, de condomínio etc.? Não é
irracional a solução que encontraram para esse problema?”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm; vertical-align: bottom;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Embora
o raciocínio esteja correto, a questão não é simples. Há muitos sentimentos
envolvidos, de modo que o problema, no fundo, não é puramente econômico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm; vertical-align: bottom;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">A
gestão do orçamento familiar é complicada, principalmente quando a grana está
curta. Imaginemos uma família na qual o marido controla as finanças e a esposa
costuma perguntar antes de efetuar os gastos mais relevantes. E, num
determinado momento, ela pergunta se pode comprar roupa para ela e para os
filhos, ao que ele responde que não. E, logo em seguida, aparece em casa com um
celular novo ou um equipamento de última geração “necessário” para o esporte
favorito dele. É provável que ela se sinta desprezada e pense que as suas
necessidades não têm importância para ele, com os atritos e frustrações que
isso pode ensejar à vida do casal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm; vertical-align: bottom;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Uma
possível solução é o casal participar conjuntamente na elaboração de um
orçamento para a família. Nele se poderão definir os limites de gastos para
cada item. Mas isso não basta. Também convém que seja feito num local acessível
para que ambos possam acompanhar a evolução durante um determinado período,
normalmente ao longo do mês. Há muitos aplicativos disponíveis que permitem
essa gestão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm; vertical-align: bottom;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Há
famílias que enfrentam esse problema de outra maneira. Simplesmente se separam
as contas, cada qual assumindo a sua parcela de responsabilidade. De fato, num
primeiro momento, esse modelo de gestão é menos propício a conflitos. No
entanto, em algumas situações, esse modelo pode ser indício de vidas paralelas.
Ou seja, há muito meu e seu e pouco nosso nessa relação. Mas esse modelo também
não é imune a conflitos. Isso porque, se no dia-a-dia cada qual usa a sua
receita como quiser, arcando com as despesas comuns que assumiu, por outro, se
algum dos dois entrar em desequilíbrio muito acentuado e o outro for chamado a
socorre-lo(a), pode ser que o conflito seja ainda mais intenso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm; vertical-align: bottom;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Enfim,
dizem que o dinheiro não é problema, mas solução. Certo? Nem sempre. A gestão
dos recursos disponíveis na família, como também todas as demais questões que
podem surgir na vida do casal são oportunidades que a vida lhes apresenta para
se unirem ou se distanciarem. Tudo depende da perspectiva que é analisado e,
principalmente, das escolhas e decisões que se faz a cada instante das suas
vidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm; vertical-align: bottom;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">No
mundo corporativo são muito comuns as reuniões de trabalho para debater e
encontrar soluções para os inúmeros problemas que surgem no dia-a-dia da
empresa. Penso que a mesma ferramenta deve ser utilizada para a família. Que o
casal encontre um dia da semana para ter um “encontro de negócios”. Nele podem
ser tratados os assuntos referentes à administração da família, ao
relacionamento conjugal, à educação dos filhos, à solução dos problemas que
surgirem e, também, da questão econômica. Essa não é a principal nem a mais
importante, mas muitas vezes é um meio para que todos os demais projetos se
desenvolvam.<o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-20295317849833846092020-03-13T12:53:00.000-03:002020-03-13T12:53:48.791-03:00Dia da Mulher.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZMXUgXkBc9mhjWz_wwwoOARaHHyBXiI0Kg2mjs84yNeip67hx5k2cxliAxQXrfu7isKaPVOzlfOm13FzTfN4D0hx7V-X5p6B7WIXFU40ea4inFSTmEN6Pmp5Gj9cgMgyDl-ggc-M0Nus/s1600/blog+dia+da+mulher.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZMXUgXkBc9mhjWz_wwwoOARaHHyBXiI0Kg2mjs84yNeip67hx5k2cxliAxQXrfu7isKaPVOzlfOm13FzTfN4D0hx7V-X5p6B7WIXFU40ea4inFSTmEN6Pmp5Gj9cgMgyDl-ggc-M0Nus/s320/blog+dia+da+mulher.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">O último domingo foi o
dia da mulher. Muitos de nós talvez tenhamos lido, em especial nas redes
sociais, homenagens que ressaltam os inúmeros percalços que se passou e quanta
luta se travou para alcançar a tão sonhada igualdade de direitos e
oportunidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Hoje a sociedade muito
se beneficia com a presença da mulher nos mais diversos setores. A sua
criatividade e o seu gênio feminino transmitem à empresa, às repartições
públicas e todos os ambientes de trabalho um tom mais humano e acolhedor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Apesar desse avanço,
hoje se desenha uma discriminação talvez mais injusta e cruel. É que se lhes
impõe o sucesso profissional como um objetivo a ser alcançado a qualquer custo,
inclusive e principalmente com prejuízo da maternidade. Com efeito, é assustador
o número de mulheres que são demitidas pouco tempo após retornarem da
licença-maternidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Há ainda, na mesma linha, outra discriminação
que se impõe àquelas que optam por dedicar as suas vidas – ou alguns anos dela
– exclusivamente à educação dos filhos e ao cuidado da família. Com a expressão
pejorativa de “do lar” anotada como profissão, são frequentemente tratadas como
profissionais de terceira ou quarta categoria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">É preciso reconhecer, porém, que se todos
trabalhos desempenhados pela mulher devem ser valorizados e respeitados, tanto
mais respeito e admiração deveriam ser tributadas àquelas que livremente optam
por se dedicar exclusivamente à educação dos filhos e cuidado da família. É
cientificamente provado que a presença da mãe nos primeiros anos de vida é
fundamental para o desenvolvimento sadio da criança. Além disso, a mulher sabe
como ninguém construir um ambiente de carinho e ternura, ingredientes
indispensáveis para fazer de uma casa um lar. E toda a sociedade se beneficia
com isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E se todos nos beneficiamos com o trabalho da mulher
nos mais diversos ambientes, é justo que lhes asseguremos as condições para que
possam desempenhar essa sublime missão na qual serão sempre insubstituíveis.
Isso porque, governantes, parlamentares, magistrados, empresários, médicos e
todos os trabalhadores, mulheres ou homens, somente podem exercer esse papel na
sociedade porque um dia foram acolhidos no colo por uma mãe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Essas dóceis
guerreiras, artífices fundamentais na construção de uma nova civilização, recebam
os nossos parabéns e o nosso reconhecimento. Porém, que isso não fique somente
em palavras, mas se traduza em gestos concretos de cooperação, apoio,
valorização e amor!<o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-71520244519364347352020-02-10T15:11:00.000-03:002020-02-10T15:11:41.680-03:00Deixar fazer<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm4rbMvgYxBt_58cQOLkBnWSP9TFwHczLPSff3QT8vKFQmIptRrjZ6ZFr3WOHw-sMUxh9MttxKX-yLo5uGQSYqraZG3-LkZbT7zI19InI3AeezvKXfZfKQVIOiHaf7Zq7EfF1Rj85q8Ms/s1600/blog+deixar+fazer+.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm4rbMvgYxBt_58cQOLkBnWSP9TFwHczLPSff3QT8vKFQmIptRrjZ6ZFr3WOHw-sMUxh9MttxKX-yLo5uGQSYqraZG3-LkZbT7zI19InI3AeezvKXfZfKQVIOiHaf7Zq7EfF1Rj85q8Ms/s320/blog+deixar+fazer+.png" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">- Mãe, posso assistir
TV agora?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">- Agora não – responde
a mãe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Ao contemplar esse
diálogo, muitas mães e pais ficarão com a impressão de que está incompleto. Ou
a filha irá perguntar: “o que posso fazer, então?” ou a própria mãe irá se
adiantar propondo que façam alguma coisa. Mas será isso necessário? Precisamos
estar todo tempo sugerindo algo que façam?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Para as gerações que
foram criança décadas atrás era impensável esperar que os pais nos dissessem
com que poderíamos nos divertir no tempo livre. Verdadeiramente não era
problema deles. Talvez por isso escalamos árvores perigosamente, andamos sobre
muros, cavalgamos, em suma, fomos protagonistas da nossa própria existência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Atualmente, colocamos as
filhas e os filhos como centro das atenções nas nossas famílias. Mais ainda,
damos a elas e a eles o direito de esperar de nós, pais, a cada instante, o que
hão de fazer. Como consequência, ficamos estressados. De fato, como não ficar
esgotado quando nos atribuímos um suposto dever de entretê-los(las) o todo
tempo? Com essa postura, são a escola, as atividades extracurriculares e os equipamentos
eletrônicos que nos dão uma trégua. Quando estamos em casa, porém, estão lá
esses “pequenos imperadores” a reclamar a atenção o tempo todo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Acontece que, com essa
postura tão difundida nos pais de hoje em dia, as nossas filhas e os nossos
filhos crescem acostumados a serem estimulados por alguém ou por algo (TV,
computador, smartphone etc.), de modo que estão sempre esperando que lhes
ofereçam alguma coisa a fazer ou com que se divertir. Com isso, perdem o
protagonismo das próprias vidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Muitos dirão que,
atualmente, há mais problemas de segurança, que nas grandes cidades as crianças
e mesmo os jovens não podem se deslocar sozinhos, de modo que isso seria um
fenômeno inevitável. De fato, isso é assim mesmo. Mas a questão de fundo não
são os fatores externos, ou seja, o ambiente em que se desenvolvem, mas a nossa
postura enquanto educadores e, por consequências, as expectativas que
transmitimos a eles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Assim, podemos morar em
apartamento, ou em casa da qual não podem sair sozinhos por motivo de
segurança, mas, no espaço em que se desenvolvem, a partir de determinada idade,
devem buscar eles próprios com que brincar, como se relacionar com irmãos, com
os amigos e com os vizinhos. Em suma, que não sejam sujeitos passivos, que a
todo o momento aguardam que venha um smartphone, uma TV ou uma mãe trazer
pronto o que podem ou devem fazer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Quanto à pergunta
daquela criança que fizemos acima, esclareço que, pouco tempo após, ela se
organizou com a irmã e com mais uma amiguinha e montaram um “centro cirúrgico”
na sala de TV, que permaneceu desligada, é claro. A brincadeira perdurou por
horas, sendo substituída por outra e mais outra, fomentando a criatividade,
espírito de iniciativa e, principalmente, uma postura ativa no sentido de
descobrir o mundo e o ambiente em que vivem.<o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-73363268495626715652020-01-03T12:22:00.000-03:002020-01-03T12:22:38.275-03:00Podemos fazer um 2020 melhor?!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpoopQpmdphRipJwvF1p9VyoQs4zv9pVpBlQ9nZCxpu7T43hvvwUKmgCwoQpHMwDb77DlLt08M5WgHun1-XakqtLpxP_eYW9GxLfh5UnLttsSxPDFZKtsOP3aMO0RT8GJJFNZnhh9C064/s1600/2020+blog.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpoopQpmdphRipJwvF1p9VyoQs4zv9pVpBlQ9nZCxpu7T43hvvwUKmgCwoQpHMwDb77DlLt08M5WgHun1-XakqtLpxP_eYW9GxLfh5UnLttsSxPDFZKtsOP3aMO0RT8GJJFNZnhh9C064/s320/2020+blog.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Você já reparou como
corremos de um lado a outro nesses dias que antecedem o Natal e a chegada do
Ano Novo? Qual será o motivo de tanto ativismo nesse tempo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Penso que um dos
motivos é a falsa esperança que temos de que até o último dia do ano iremos resolver
todos os nossos problemas. É evidente que isso é uma ilusão. No entanto, muitas
vezes agimos como se não o fosse. Com efeito, nos propomos metas no trabalho
que precisam ser atingidas, um conserto no carro ou na casa, que têm de ser
feitos ainda neste ano. Por vezes será um problema familiar, o direito de
visitas a uma filha ou a um filho, negligenciados por vários meses, mas que
precisamente agora queremos retomar...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">É momento de colocarmos
uma dose de realismo nos nossos projetos. Não estraga esses momentos festivos
considerar que, no primeiro dia do novo ano, os nossos problemas continuarão
lá, tal como os deixamos no ano que findou. Aliás, poderão estar ainda piores,
se agravados pela ressaca ou, se nesse tempo de festas, procuramos pensar
apenas em nós mesmos e na nossa diversão, esquecendo-nos dos demais. Nesse
caso, o primeiro de janeiro nos surpreenderá com a amarga tristeza que marca a
vida dos egoístas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">A propósito, poderíamos
fazer um exercício mental de considerar o que aconteceria se, como num passe de
mágica, todos os nossos problemas simplesmente desaparecessem. O que faríamos
então? Talvez num primeiro momento nos ocorra pensar que seria uma maravilha,
uma espécie de paraíso aqui na terra. Mas sabemos também que isso é uma ilusão,
por vezes, muito perigosa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">E isso nunca acontecerá
porque não é bom para nós. É que os problemas e as dificuldades são
oportunidades que a cada minuto nos são concedidas para sermos melhores como
pessoas, enfim, para adquirir virtudes. Por exemplo, se tivermos dificuldade no
relacionamento conjugal, talvez seja o caso de nos propormos a sermos mais
pacientes, mais generosos, a pensar mais na esposa (ou no marido) e menos em
nós mesmos. Se passamos por alguma dificuldade econômica, isso também pode ser
ocasião para sermos mais desprendidos dos bens materiais, quiçá considerando
que “tem mais, quem precisa de menos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Muito ouvimos falar em
“ano novo, vida nova”. De fato, esse propósito de virar uma página e começar novamente
com ânimo renovado é algo bom. Porém, isso não acontecerá naturalmente e sem
esforço da nossa parte. Por isso, é preferível o realismo que poderíamos
definir como “ano novo, luta nova”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Certa vez ouvi de uma
pessoa essa afirmação cheia de vibração e de entusiasmo: “eu quero mudar o
mundo; nós vamos mudar o mundo!”. E isso, se bem entendido, não é ilusório. É,
ao contrário, um propósito cheio de realismo. Não se pode deixar de considerar,
porém, os meios que se hão de empregar para atingir esse resultado. E, de certo
modo, tudo o que podemos fazer para construir um mundo melhor é mudarmos a nós
mesmos, é sermos pessoas mais generosas, mais dedicadas aos demais, em suma,
mais virtuosas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Gosto de recordar
aquela imagem – que já compartilhei outras vezes aqui – da pedra atirada num
lago sereno ao entardecer. Dessa ação surge uma onda, depois outra, até que
todo o lago é atingido pelas ondas. Assim são as nossas boas ações. Alegram
aqueles que nos estão próximos que, por seu turno, sentem as boas disposições
para replicar essa atitude benfazeja com aquelas e aqueles com quem convivem.
E, com isso, constrói-se um mundo melhor ao nosso redor, nos ambientes em que
convivemos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Portanto, que o Novo
Ano não chegue com a ilusão de uma tranquilidade fundada na ausência de
problemas e na prosperidade, mas com a felicidade e a paz que brotam nos
corações daquelas e daqueles que batalham, dia após dia, para construir um
mundo melhor!<o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-75938957540910454562019-12-20T13:02:00.000-03:002019-12-20T13:02:49.198-03:00Feliz Natal !<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKBaHIUVacyEgpZObnOwnRbgf5SGWeek0gmUqxbuFmRfv68Px8I3pFsWhalUr1m2S2DorqQiDq5XmduvU7dKusrkKfEhrmv9Nk9MgESdJx3SyC_kXOw_dBz8pY0w7RvyyY05FTT5CxPAU/s1600/natal+blog.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKBaHIUVacyEgpZObnOwnRbgf5SGWeek0gmUqxbuFmRfv68Px8I3pFsWhalUr1m2S2DorqQiDq5XmduvU7dKusrkKfEhrmv9Nk9MgESdJx3SyC_kXOw_dBz8pY0w7RvyyY05FTT5CxPAU/s320/natal+blog.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Ouvi certa vez que o
Natal é um acontecimento alegre para as crianças. Para os adultos, porém,
somente aumenta a tristeza por fazê-los lembrar dos tempos felizes da infância.
Além disso, aquilo que para os menores era motivo de alegria, como a presença
dos primos, dos tios, a ceia e os presentes, para os maiores, não raras vezes,
acaba ensejando tensões e dissabores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Indagando o motivo
disso, vem-me à memória a célebre frase de Caetano Veloso, em sua composição
Sampa: “É que Narciso acha feio o que não é espelho”. Talvez seja isso o que
acontece. As crianças observam o presépio e veem ali refletido claramente o que
se passa em seu interior. Os adultos, porém, não mais se espelham naquele
acontecimento que, com o passar dos anos, a eles se tornou incompreensível. Com
efeito, a cena reflete simplicidade, solidariedade, paz, anseio de vida, tudo
facilmente encontradiço nas crianças. Quase tudo, ao contrário, acaba ofuscado
nos homens e mulheres que deixaram de ser como as crianças.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Simplicidade. Aquela
gruta é magnificamente simples. Falta-lhe tudo, mas, se considerarmos bem, há
uma alegria tão intensa que se pode pensar que não falta nada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Solidariedade. Os
personagens que contemplamos são solícitos uns com os outros. O esposo ocupa-se
da esposa e ela, dele e do menino que nasceu em um estábulo, junto com os
animais. E desse desvelo de uns para com os outros brota um ambiente de terna
serenidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Conta-se que a madre
Tereza de Calcutá, uma eterna criança, uma vez foi observada por uma pessoa (um
adulto, por certo), que contemplou o beijo e afago que fazia em um doente de
aspecto repugnante. Diante disso, esse homem comentou que “nem por todo
dinheiro do mundo faria isso”. E a bondosa religiosa respondeu: “nem eu”. Por
dinheiro, tampouco ela o faria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">As crianças veem no
presépio três personagens extremamente solidários uns com os outros, e se
alegram porque isso reflete o que elas são. Os que deixaram de ser crianças,
porém, imersos em seu egoísmo, em um afã desordenado de riqueza, de “status”,
de fama, de poder, não conseguem enxergar isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Paz. As crianças não se
preocupam se haverá peru, se o vinho será suficiente, se a cunhada chegará
direto para a ceia e não ajudará na preparação... Nada disso lhes preocupa. Afina,
é Natal! Talvez se preocupem um pouco em como quebrar as castanhas, mas não
hesitarão em deixar as cascas atrás da porta, agora usada como quebra-nozes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Anseio de vida. O
Menino que se contempla no presépio nasceu para viver. Elas, as crianças,
também. Não se sabe se por uns instantes, ou por cem anos. Não importa, todos
vêm com uma missão e querem alcançá-la.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Se olhássemos para
aquele menino na manjedoura, sabendo de antemão o seu destino, qual seja, uma
vida de renúncias, sacrifícios e incompreensões e, ao final, a morte brutal
numa Cruz, talvez ocorresse pensar: não vale a pena nascer e viver para isso...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">As crianças, porém, não
pensam assim. Elas dão a cada minuto um sabor de eternidade. Sabem que o que
vale é o instante presente, sem se importar com o anterior, que já passou, nem
com o seguinte, que não sabemos se chegará para qualquer um de nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">A todos aqueles que
descobriram a maravilha de ser uma eterna criança, um Feliz Natal!<o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-37580578000521451292019-12-09T16:05:00.000-03:002019-12-09T16:05:16.149-03:00As palmadas na educação<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMa84tJRXG67dABJ0U5Gd9rIRt5Hgb5DkaME2a_hUSO3zIDRC-xr2iBXeHXX7P8KGdhFKiJSGtvgcV0sKT4nnFQPN8HyZ_XZnIjyuMSAsX6V2ObjVURfxpRTS0civvSTfTVZvSXdxgE7Q/s1600/blog+palmadas+1.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMa84tJRXG67dABJ0U5Gd9rIRt5Hgb5DkaME2a_hUSO3zIDRC-xr2iBXeHXX7P8KGdhFKiJSGtvgcV0sKT4nnFQPN8HyZ_XZnIjyuMSAsX6V2ObjVURfxpRTS0civvSTfTVZvSXdxgE7Q/s320/blog+palmadas+1.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Um tema sempre candente
entre os profissionais da educação, com reflexo direto na atuação dos pais e na
vida familiar, está no uso dos castigos físicos como técnica pedagógica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Quando me perguntam se
é possível ou aconselhável a palmada na criança em algumas situações, costumo
responder, em especial às mães: “Sim, pode dar umas palmadas...”. Depois,
diante da perplexidade que a resposta causa, acrescento: “porém, antes de
bater, pare, reflita, faça um tempo de meditação, espere um dia ou dois, se for
necessário e, quando estiver totalmente calma, quando estiver ‘zen’, mesmo,
então volte e dê a palmada”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Diante dessa resposta ,a
reação é quase unânime: “ah, se eu fizer isso, então não vou bater nunca!...”.
Pois é. Essa é a questão de fundo. Na imensa maioria das situações, o castigo
físico não é fruto da reflexão, ou de uma atitude pensada em que se chaga a
conclusão de que aquilo é necessário para educar. Na imensa maioria das vezes,
é fruto da irritação e do nervosismo dos pais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">A autoridade só é
legítima se busca o bem daqueles que lhe estão sujeitos. E isso não somente na
família, mas em toda organização em que haja uma relação de poder. Por exemplo,
um governante possui autoridade, mas somente será legítimo o seu exercício se a
utiliza para promover o bem comum dos cidadãos. Com maior razão, os pais detêm
autoridade em relação aos filhos, mas com o objetivo de educá-los, formá-los e
orientá-los.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Assim, é fundamental
para o bom exercício da autoridade o prestígio dos pais. Todos já tivemos
oportunidade de conviver com uma pessoa sábia e ponderada. Quando ela se
manifesta sobre um determinado assunto, sua opinião tem um peso enorme. Quando
faz um pedido, ainda que de forma muito sutil, esse soa como uma ordem. Assim
são as pessoas que possuem prestígio. Ora, é precisamente disso que necessitam
os pais para exercer a autoridade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">E não é com violência
que os pais adquirem o prestígio com os filhos. Adquirem-no com o espírito de
serviço. Adquirem, também, na firmeza das convicções e na constância com que
atuam para formar os seus filhos. As saudáveis rebeldias dos adolescentes não
podem ser algo que abale as convicções mais profundas dos pais. Ao contrário,
põem-nas a prova precisamente porque eles também querem tê-las, mas, antes de
abraçá-las, precisam testar a sua consistência e profundidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">A amizade com os filhos
não retira a autoridade, antes a reforça. Coisa muito diferente disso, porém, é
querer colocar-se no mesmo nível, como um “amiguinho” a mais. Não! Podemos e
devemos ser amigos, sem jamais deixar de ser pai ou mãe, que sabem corrigir,
inclusive energicamente, se necessário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">O uso da violência na
educação dos filhos, em grande parte dos casos, é demonstração da fraqueza dos
pais. Com efeito, é mais fácil dar uns gritos do que explicar uma vez e outra
por que se deve agir de uma determinada maneira. É, também, menos incômodo dar
uma palmada do que repetir uma ordem, com energia se necessário, buscando o bem
dos nossos filhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Além disso, muitas
vezes não se tem outro recurso para fazer com que as filhas e os filhos
obedeçam. Isso porque, quando se está em casa e no convívio com eles(as) são
mães e pais ausentes, ainda que presentes fisicamente. Fica-se mexendo no
celular, computador, TV etc. e, enquanto não é incomodado(a) por algo dos(as)
filhos(as), esses(as) não existem. Ora, nessa situação, quando as crianças
fazem algo errado, não há outro meio para que façam obedecer que não a ameaça,
o castigo ou a agressão mesmo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Um grande desafio,
portanto, é que as nossas ordens sejam um “por favor”, e que as crianças
obedeçam. Isso é possível, conquanto que sejamos mães e pais que sabem
construir a autoridade com espírito de serviço, procurando com fortaleza e a
cada instante o bem das nossas filhas e dos nossos filhos.<o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-53929135453635368962019-11-27T15:28:00.000-03:002019-11-27T15:29:07.512-03:00Elas falam “A”, eles entendem “B”<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Grande parte dos
problemas conjugais, que não raras vezes podem acarretar uma séria crise no
casamento, está relacionado ou tem como causa uma dificuldade na comunicação. A
questão é complexa e não comporta análise exaustiva aqui. Mas é possível
entendermos alguns aspectos que, se considerados, podem ajudar e salvar muitos
relacionamentos.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-d89SI5ZNar_E1TURw2ZQUOwydAq1Qx7XafH2GtvTqln9eMXVjpUEHA96CxN43XpfPuluAYTgGWCScLjNWHI2-yQ71aJ6iaNglV1_QCX2uyjzoM3vcOLp0UdWLAT-jF27xMM3LuUbenA/s1600/blog+comunica%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-d89SI5ZNar_E1TURw2ZQUOwydAq1Qx7XafH2GtvTqln9eMXVjpUEHA96CxN43XpfPuluAYTgGWCScLjNWHI2-yQ71aJ6iaNglV1_QCX2uyjzoM3vcOLp0UdWLAT-jF27xMM3LuUbenA/s400/blog+comunica%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" width="400" /></a></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Homens e mulheres são
muito diferentes entre si. Durante muitos séculos a filosofia e a antropologia
não cuidaram de estudar essas diferenças, simplesmente aceitando como verdade
um aspecto que a todos parece óbvio: a dimensão física do ser humano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Acontece que as
diferenças não se limitam a isso. O ser mulher e o ser homem também apresenta
manifestações diferentes nas demais dimensões do ser humano: racional,
emocional, social e transcendente. Não quer dizer, como já temos repetido
inúmeras vezes aqui, que um seja superior ou inferior, mas simplesmente que são
diferentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Pois bem. Tais
diferenças têm manifestações marcantes também na maneira como se comunicam. A
mulher tem uma tendência para a comunicação indireta. Talvez pelo medo à
rejeição, ou como consequência da sua intuição mais aguçada, ela costuma falar
muito com sutilezas ou mesmo nas entrelinhas. Já o homem, por seu turno, tende
a ser mais direto e tem notórias dificuldades para “pegar as ideias no ar”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Tomemos um exemplo.
Imaginemos que a mulher (esposa, namoradas etc.) queira sair para jantar numa
data comemorativa e, tentando fazer com que seu plano aconteça, diz ao homem
(marido, namorado...): “meu amor, você não gostaria de sairmos para jantar
hoje?”. Se ele tiver algum problema, ou simplesmente não estiver com vontade,
talvez lhe ocorra responder exatamente o que foi perguntado: “Não. Não gostaria
porque nesse dia terá jogo do brasileirão”. Acontece que a pergunta dela não
era propriamente uma indagação. Ao contrário, pretendia ela dizer: “eu gostaria
de sair para jantar fora hoje”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">E a razão de fundo para
tais diferenças na maneira de se comunicar se deve, segundo alguns
especialistas, a uma razão de fundo. É que a mulher teme ser rejeitada. Assim,
se formula um pedido explícito e recebe uma negativa, isso a atingirá numa
parte muito sensível. Com efeito, o “NÃO” dele, ou seja, a negativa ao convite
não soa como simplesmente um “não quero sair hoje”, mas como uma rejeição
mesmo, tanto que ela fará conclusões do tipo: ele gosta mais do time de futebol
do que de mim etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Já o homem, no mais das
vezes, teme que se lhe considere incapaz ou incompetente. Tomemos outro exemplo
um tanto pitoresco. Imagine que ele se dispõe a consertar algo em casa, talvez
depois de inúmeras insistências da esposa. Ela, querendo agradá-lo lhe ocorre
perguntar: “você está conseguindo?”. Talvez com essa pergunta ela quisesse
dizer: “precisa de ajuda?”. No entanto, a dúvida sobre a capacidade dele pode
soar como uma ofensa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Nesse sentido, talvez
um grande desafio é cada qual descobrir que estão unidos a uma pessoa
diferente, que pensa de maneira diferente, que tem sentimentos diferentes, que
se relaciona com os demais com linguagens diferentes. E isso a levará a ser
mais direta, tanto quanto lhe for possível. E, da parte dele, a tentar
compreendê-la. Para isso, talvez sirva de ajuda perguntar a ela – com muita
frequência – o que ela deseja. Assim, à indagação dela se gostaria de sair,
seria muito oportuna outra pergunta: “Você gostaria de sair hoje?”.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt;">Se quiser saber mais sobre este tema, acesse o vídeo do meu canal do Youtube : </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=MdnTZEETxwk">https://www.youtube.com/watch?v=MdnTZEETxwk</a><br />
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-70960063630163479102019-11-27T15:00:00.000-03:002019-11-27T15:00:49.833-03:00Filhos: “posso bisbilhotar no seu celular?”<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Uma grande tentação de
muitas mães e pais, quando as nossas filhas e os nossos filhos deixam de ser
crianças, é tentar saber por onde andam navegando na Internet, o que assistem
no Smartphone, quem seguem no Instagram ou curtem no Facebook e com quem
conversam e sobre o quê no Whatsapp. Até que ponto podemos nos intrometer? Temos
o direito de bisbilhotar no seu celular?</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2KcgKP4s2d1rLOd-lF6Xob6vFrdEvZoyy2GCtonnpYOQQ-gJnDnzrKNlpqTC7Hck8__NJhquko339wmW-EiSxT8xYFBM8cHq7LWRFPZ3cm3aeaRYES3wlysFPzuldnu02mf1SoCT2UQI/s1600/blog+celular.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2KcgKP4s2d1rLOd-lF6Xob6vFrdEvZoyy2GCtonnpYOQQ-gJnDnzrKNlpqTC7Hck8__NJhquko339wmW-EiSxT8xYFBM8cHq7LWRFPZ3cm3aeaRYES3wlysFPzuldnu02mf1SoCT2UQI/s400/blog+celular.png" width="400" /></a></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Não há educação sem
liberdade. Alguns animais podem ser adestrados para que assumam determinado
comportamento. Já ser humano pode ser educado, nunca adestrado. E educar está
muito relacionado com a atitude de transmitir conhecimentos ou experiências, propor
condutas ou modos de agir, sugerir e orientar. Porém, o educando somente poderá
apreender o que lhe é transmitido e aplicá-lo na sua vida se o quiser
livremente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Essa noção de educação,
porém, pressupõe que se tenha verdadeiro conceito de liberdade, que é a
capacidade de agir ou não agir e, assim, de realizar por si mesmo ações conscientes
e deliberadas. Mas a liberdade somente atinge a sua perfeição se for orientada para
a busca do bem. Isso implica, em última análise, no seguimento da missão que
Deus confia a cada ser humano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Disso podemos concluir
que as nossas filhas e os nossos filhos somente serão pessoas íntegras,
honestas, justas, fortes e prudentes se se decidirem a sê-lo livremente. Jamais
conseguiremos forçá-las(os) a isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Essa consideração, num
primeiro momento, pode causar aflição. Com efeito, se temos de respeitar a
liberdade das nossas filhas e dos nossos filhos, ao notarmos que se enveredam
por caminhos tortuosos, nos quais sabemos que não encontrarão a paz e a
felicidade tão almejada, sentimo-nos angustiados e, não raras vezes, impotentes
para enfrentar a situação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Um bom caminho para
reencontrarmos a tranquilidade – e também agirmos de maneira mais eficaz – é
considerar que as filhas e os filhos, antes de serem nossos, são filhas e
filhos de Deus. É Ele quem nos confia a missão de orientá-los e guia-los pelos
caminhos deste mundo. Muitas vezes nos esquecemos dessa realidade e por isso
perdemos a paz. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Se formos mães e pais
atentos, que se interessam pelos seus assuntos, que se esforçam para ir
busca-las(os) ao final de uma festa, p.ex., ainda que tenham carona de um
amigo, se observamos como se comportam em casa, em suma, se olhamos nos olhos e
procuramos saber se estão felizes, não é necessário bisbilhotar no celular. Isso
porque, quando estamos atentos e vigilantes, os fatos que são relevantes para
educa-las(os) bem, no momento adequado, ficaremos sabendo, sem a necessidade de
invadir sem permissão a sua intimidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Além disso, é
fundamental demonstrarmos confiança. É preferível correr o risco de que nos
enganem – ou pensem nos enganar – uma vez ou outra, do que demonstrar
desconfiança. Quando sabem que confiamos nelas(es), isso, por si só, é um
alento enorme para agirem bem. Sabemos por experiência própria o quão difícil é
desapontar uma pessoa a quem amamos e que confia em nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Somos cooperadores de
Deus nessa nobre e sublime missão de educar. Não pretendamos, portanto,
substituí-Lo nisso. Ele sim sabe absolutamente tudo o que as nossas filhas e os
nossos filhos fazem e pensam a cada instante. E, se formos fiéis ao que Ele nos
confia, no momento adequado fará com que saibamos o que for necessário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">A liberdade é um dos
maiores dons que nos foi concedido. Não é possível educar seres livres
suprimindo-a ou desrespeitando-a, precisamente porque uma grande meta da
educação é precisamente ensinar a utilizá-la com responsabilidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Se quiser saber mais
sobre isso, assista ao vídeo que está disponibilizado em meu canal do Youtube :
</span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=l0hHhWiuP9U">https://www.youtube.com/watch?v=l0hHhWiuP9U</a><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-70805678354028107082019-09-10T11:42:00.000-03:002019-09-10T11:46:33.114-03:00Educação domiciliar<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8jmpbmPMYqzGUmdlhaABnb8C4GbJDG0uiZqMMAoI2HVGoZrFtToM4eaCpyaO_Mi-ObNGHJukl-bAloiipAM-oynR6wm8DIPjcSuPiBFr79qpSTLUsCm_vOHQQyvaWvKL3TJ-oqCM2PNE/s1600/Tem+crescido+e+ganhado+notoriedade+no+Brasil+o+homeschooling+ou+educa%25C3%25A7%25C3%25A3o+domiciliar.+Antes+de+abordar+o+tema%252C+analisei+os+argumentos+dos+ministros+do+Supremo+Tribunal+Federal+no+processo+em+que+essa+quest%25C3%25A3o+foi+ali.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8jmpbmPMYqzGUmdlhaABnb8C4GbJDG0uiZqMMAoI2HVGoZrFtToM4eaCpyaO_Mi-ObNGHJukl-bAloiipAM-oynR6wm8DIPjcSuPiBFr79qpSTLUsCm_vOHQQyvaWvKL3TJ-oqCM2PNE/s320/Tem+crescido+e+ganhado+notoriedade+no+Brasil+o+homeschooling+ou+educa%25C3%25A7%25C3%25A3o+domiciliar.+Antes+de+abordar+o+tema%252C+analisei+os+argumentos+dos+ministros+do+Supremo+Tribunal+Federal+no+processo+em+que+essa+quest%25C3%25A3o+foi+ali.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Tem crescido e ganhado
notoriedade no Brasil o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">homeschooling</i>
ou educação domiciliar. Antes de abordar o tema, analisei os argumentos dos
ministros do Supremo Tribunal Federal no processo em que essa questão foi ali apreciada.
No entanto, não pretendemos analisar a questão sob um enfoque jurídico. Também
não traremos uma lista de prós e contras. Antes disso, gostaríamos de trazer à
reflexão os aspectos morais que devem nortear a decisão dos pais na escolha do
modelo educativo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">A nossa Constituição
Federal, em seu artigo 205, assegura que a educação é direito de todos e dever
do Estado e da família, o que deve ser promovido e incentivado com a
colaboração da sociedade. Porém, antes mesmo que isso estivesse previsto em
qualquer norma jurídica, os filhos têm um direito natural de ser educados por
seus pais. E esses, por sua vez, têm também o direito e o grave dever de cuidar
da educação da prole. Com efeito, o ato de gerar uma nova vida é indissociável
da missão de formar esse ser de modo a atingir o desenvolvimento da sua
personalidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Mais ainda. Se mãe e
pai cooperam com Deus na nobre e sublime missão de gerar a vida, igualmente
lhes é confiada a responsabilidade de guiar essa filha e esse filho nos
caminhos deste mundo. Daí que esse direito inerente à maternidade e à
paternidade é irrenunciável e, como dito, antecede a própria existência do
Estado e do direito que desse emana. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Portanto, a mãe e o pai
devem exercer um protagonismo na educação. É evidente que não estão acima da
Lei. Ademais, vivemos numa democracia na qual felizmente são muito raras as
situações em que o cumprimento das normas vigentes possa contrastar com a nossa
consciência. De qualquer modo, porém, é fundamental seguir sempre essa luz
interior nas nossas escolhas e decisões.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Assentada essa
premissa, a escolha do modelo educativo deve buscar sempre o que vislumbramos
como o melhor para os filhos. Há famílias em que os pais não dispõem de tempo,
de conhecimento suficiente ou mesmo de disposição para se dedicarem à educação
domiciliar. E nesse caso – que, aliás, é a imensa maioria – deverão procurar,
na medida das suas possibilidades, a instituição de ensino que cultue valores
semelhantes aos seus. E se não houver, cuidarão de amenizar os efeitos
negativos que alguns temas tratados nos colégios possam ter na vida dos filhos.
De qualquer modo, não poderão delegar integralmente à escola a formação dos filhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Mas há também as
famílias em que se dispõe de tempo, aptidão e disposição para se dedicar à educação
também nos assuntos que comumente são confiados à escola. Mais ainda, por vezes
essas estão inseridas num contexto – local de residência, condição econômica,
instituições de ensino disponíveis etc. – em que nos colégios disponíveis se
encontraria uma formação muito destoante dos valores nos quais acreditam. Assim,
se a mãe e o pai, após estudar com profundidade o assunto, buscarem um
aconselhamento adequado e chegarem à conclusão de a educação familiar é a melhor
para a sua situação, penso que então terão o grave dever de seguir as suas
consciências.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Há uma passagem no
Livro dos Atos dos Apóstolos em que Pedro e João foram proibidos pelas
autoridades de ensinassem em nome de Jesus, ao que eles responderam: “Julgai-o
vós mesmos se é justo diante de Deus obedecermos a vós mais do que a Deus”. Esse
trecho da Sagrada Escritura esclarece uma questão moral de importância vital.
Se a consciência é a dimensão do nosso ser na qual nos vemos a sós com Deus,
haveremos de segui-la sempre. E se essa nos aponta que, dadas as condições e as
circunstâncias em que nos encontramos, que devemos cuidar pessoalmente da
educação integral dos nossos filhos, não há autoridade neste mundo que possa
legitimamente nos impedir de fazê-lo.<o:p></o:p></span></div>
<br />Fábio Toledohttp://www.blogger.com/profile/04173664776501071628noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-52625381020662026172019-08-13T11:08:00.000-03:002019-08-13T11:08:06.351-03:00A missão do pai<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<a href="https://lh3.googleusercontent.com/QJf6rdq8XxhquoL0LJijFkYCNZ7Ka6ZlvZC_v4APZ-dmttKxYDnXOc99U7pc-RmG3tTCPVwaFgQKb4SxPUdeyuV2nB12bam_VXeqhSZiB3P5eozR5goyRlDHSG_xZVmJf6Ak4nr8ISgUfDk38HWElfq9o-NN6evqnNyHcM-FPQP73IJ-eowyJHLM62YmiF3Gc3jl1hHPGQRW87vvHqSiihxNW-MxUED5J0zCSJDaWqpbp5rOolx8exzxr6WxkwVQuUrk3nbowoKUy5nRxeSCv-NuHh9Hx0mMJWHpWmL-vUiQZ1jPhrLrjp3H691W6UVPOy18G5st8dIxZXbDTRhx-Jv7StcN0aUpMGh3prjP-3vE8L4JAghDofuoK3U67XOumFLeL4zC9yEAWZEnJr2OOjDC1UpkrLOp8mn0eMg36egVMLG913j4DqYWYD3GH_jdWED4lXgqdPXW7OKnubPp4_Ezgc5V8heYiOr0qYPMw-i0mrkJBo8L6ETsDU5u_3Rr4EBMT4b_3gKYoYBCDoB0yyZnkIf9Jn3ODNOFlAx5eIroqIIynlmmCYhWHdJ-Nv9WtHjzdmmdoPGKHmUID_BoETLddmiUBdrd3rZoa0kaT8v2SZUkz4rHW756XRDc86FtV3tm2ZtZek7BuMsSzqyYVcF6V-8pOVto=w915-h610-no" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://lh3.googleusercontent.com/QJf6rdq8XxhquoL0LJijFkYCNZ7Ka6ZlvZC_v4APZ-dmttKxYDnXOc99U7pc-RmG3tTCPVwaFgQKb4SxPUdeyuV2nB12bam_VXeqhSZiB3P5eozR5goyRlDHSG_xZVmJf6Ak4nr8ISgUfDk38HWElfq9o-NN6evqnNyHcM-FPQP73IJ-eowyJHLM62YmiF3Gc3jl1hHPGQRW87vvHqSiihxNW-MxUED5J0zCSJDaWqpbp5rOolx8exzxr6WxkwVQuUrk3nbowoKUy5nRxeSCv-NuHh9Hx0mMJWHpWmL-vUiQZ1jPhrLrjp3H691W6UVPOy18G5st8dIxZXbDTRhx-Jv7StcN0aUpMGh3prjP-3vE8L4JAghDofuoK3U67XOumFLeL4zC9yEAWZEnJr2OOjDC1UpkrLOp8mn0eMg36egVMLG913j4DqYWYD3GH_jdWED4lXgqdPXW7OKnubPp4_Ezgc5V8heYiOr0qYPMw-i0mrkJBo8L6ETsDU5u_3Rr4EBMT4b_3gKYoYBCDoB0yyZnkIf9Jn3ODNOFlAx5eIroqIIynlmmCYhWHdJ-Nv9WtHjzdmmdoPGKHmUID_BoETLddmiUBdrd3rZoa0kaT8v2SZUkz4rHW756XRDc86FtV3tm2ZtZek7BuMsSzqyYVcF6V-8pOVto=w915-h610-no" width="200" /></a><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Certa vez alguém me
formulou a seguinte pergunta: “você ajuda a sua esposa em casa?”. Refleti um
pouco sobre o assunto e respondi decididamente: “Não. Não ajudo”. Diante da
perplexidade que a resposta poderia causar, senti-me na obrigação de explicá-la
melhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">O verbo ajudar, em
grande parte das situações em que é utilizado, denota ausência de
responsabilidade direta sobre o assunto; uma atitude de auxiliar, quase que um
favor que se presta. Mas essa não é – não deveria ser – a postura do pai em
casa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Muitos pais se gabam de
que ajudam a lavar a louça, ajudam – quando lhes é solicitado – na lição de
casa com os filhos, ajudam a fazer compras no supermercado. Enfim, são bons
ajudantes... Acontece que a administração da família exige uma parceria, uma
corresponsabilidade em todos os assuntos relacionados com a educação dos
filhos, com o cuidado da casa e, principalmente, com os detalhes de carinho e
afeto com a esposa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Não há aqui ajudantes.
Há parceiros igualmente responsáveis em levar esse empreendimento maravilhoso
adiante. Isso não quer dizer que se deva manter igual dedicação de tempo a
essas atividades. É possível que, dadas as circunstâncias de cada família, ora
a mãe, ora o pai disponha de mais tempo para se dedicar aos filhos e à casa.
Mas mesmo nessas situações é necessário ressaltar que a responsabilidade é dos
dois. Isso implica o esforço para saber como foi o dia dos filhos, como está o
seu rendimento escolar. Trata-se, também, de se interessar pelos assuntos da
casa e, em especial, sobre como foi o dia da esposa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Há famílias em que a
mãe opta, ao menos em algum período da sua vida, por se dedicar exclusivamente
aos filhos e aos cuidados do lar. Penso que essa opção deveria ser mais
valorizada e respeitada. Todos os trabalhos honestos são igualmente dignos. Não
há tarefas mais nobres que as outras. O melhor trabalho, portanto, é aquele que
se faz com mais amor. Mas se tivesse de escolher dentre as inúmeras profissões
uma mais sublime, com certeza escolheria a de mãe. É que desse trabalho
abnegado depende que se fomente nos filhos as virtudes das quais dependem o
próprio futuro da nossa sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Mas para que a mãe
desempenhe essa nobre missão, é necessário que o pai também cumpra o seu papel.
E esse não é um mero coadjuvante. O pai é chamado a desempenhar um protagonismo
na educação dos filhos e, também, zelando para que em casa se respire esse ar
de serenidade e alegria que emana de um lar luminoso e alegre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">O dia de um pai é como
um jogo de futebol em que sempre há prorrogação. Pela manhã inicia o primeiro
tempo. Levantar, filhos para a escola, trabalho etc. Após uma pausa para o
almoço, inicia-se o segundo tempo: mais trabalho, problemas para resolver,
assuntos a tratar... Mas o jogo não termina no final do expediente. De noite,
há o terceiro tempo. Esse é o mais importante. Começa agora o esforço para
chegar bem humorado a casa, tratar a esposa com carinho, interessar-se pelos
assuntos dos filhos. E por mais que tenhamos jogado bem no primeiro e no
segundo tempo, é na prorrogação que se decide o jogo. Isso quando não vai para
os pênaltis, com uma criança doente de madrugada etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 14.4pt; mso-para-margin-bottom: 1.2gd; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Essa é a nobre e
sublime missão do pai. Estressante? Cansativa? Sim. Porém, maravilhosa. Que a
comemoração do dia dos pais e da semana da família avive em cada um de nós o
desejo e a responsabilidade de sermos verdadeiramente pais dos nossos filhos.
E, para isso, não nos esqueçamos jamais daquela sem a qual não teríamos chegado
à paternidade: a mãe dos nossos filhos.<o:p></o:p></span></div>
<br />Fábio Toledohttp://www.blogger.com/profile/04173664776501071628noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-54770336751767054952019-05-30T11:43:00.003-03:002019-06-01T15:36:21.108-03:00Como superar uma crise conjugal?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://youtu.be/dzsWcPtK55Y"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2q0f94-2hsEQae61Wwcwn0atUpqrWSLlIFHmhPS71hjEVW56r5wR5ur30VLRk1PnQ2EQcRFnwVIwV4MoCZGQB4ncHBU9rxYrpbFJo87ruwWUAjEq79FDPPE7BirtYYfQfLIOh9uJuDK0/s1600/Como+superar+uma+crise+conjugal.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="904" data-original-width="904" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2q0f94-2hsEQae61Wwcwn0atUpqrWSLlIFHmhPS71hjEVW56r5wR5ur30VLRk1PnQ2EQcRFnwVIwV4MoCZGQB4ncHBU9rxYrpbFJo87ruwWUAjEq79FDPPE7BirtYYfQfLIOh9uJuDK0/s320/Como+superar+uma+crise+conjugal.png" width="320" /></a></div>
<h4 style="text-align: justify;">
<span style="color: #351c75;">Este curso é um passo a passo em cinco etapas, nas quais aprenderemos a:<br />✔ Driblar os pensamentos negativos, redirecionando-os a uma atitude proativa, focada no que podemos fazer para mudar a situação.<br />✔ Refletir sobre a nossa decisão de romper ou manter o casamento e as suas consequências.<br />✔ Recuperar a capacidade de admirar o outro.<br />✔ Ganhar intimidade, que é fundamental num relacionamento conjugal saudável.<br />✔ Dialogar. Vamos conhecer uma ferramenta que nos auxiliará a conversar com eficácia e, com isso, administrar com eficiência a nossa família.</span></h4>
<h2 style="text-align: justify;">
Assista a aula de apresentação:</h2>
<h2 style="text-align: justify;">
<a href="https://youtu.be/_Gzc0qSEfDk">Como superar uma crise conjugal</a></h2>
<h2 style="text-align: justify;">
</h2>
<h2>
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></h2>
<h2>
<span style="font-size: x-large;">Vantagens do curso</span></h2>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFHEMHr3447mTvkbW29P2XQ60XDQfCqbqc0fz-w4H21mCaV3uW47aTovfnnCHsllpM4A13SIK_ikDGl2Wq_fAZLHA8xC2gO06X_TigTAlZ1JJcQishewY-mqowekYWQH1VVb7a39Ze8gA/s1600/TERCEIRO+PASSO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="378" data-original-width="567" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFHEMHr3447mTvkbW29P2XQ60XDQfCqbqc0fz-w4H21mCaV3uW47aTovfnnCHsllpM4A13SIK_ikDGl2Wq_fAZLHA8xC2gO06X_TigTAlZ1JJcQishewY-mqowekYWQH1VVb7a39Ze8gA/s320/TERCEIRO+PASSO.jpg" width="320" /></a></div>
<h3>
O curso oferece dicas simples e práticas. Não se trata de um curso teórico.</h3>
<h3>
A execução de todas as etapas sugeridas exige esforço e determinação. Porém, estamos certos da sua eficácia se ambos estiverem dispostos a empreender juntos esse caminho.</h3>
<h3>
Oferecemos cinco aulas em vídeos, acompanhadas de textos sobre os mesmos temas.</h3>
<h3>
Além disso, sugerimos material complementar, que ajuda a aprofundar nos assuntos abordados.</h3>
<h3>
Temos uma equipe preparada para tirar as suas dúvidas e prestar os esclarecimentos que forem necessários.</h3>
<h3>
Você poderá cancelar a compra em até 15 dias após a aquisição. Com isso, será reembolsado integralmente o valor pago.</h3>
<div>
<br /></div>
<div>
<h1>
<span style="color: #351c75;">Entenda melhor a nossa proposta</span></h1>
<div style="text-align: justify;">
Este curso é um passo a passo para superar uma crise no relacionamento conjugal. Faremos isso em CINCO PASSOS:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
PRIMEIRA AULAS <b><u>(Disponível no ato da compra)</u></b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
MUDAR O FOCO. Precisamos mudar radicalmente a forma como encaramos o problema.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
SEGUNDA AULA <b><u>(Disponível 7 dias após a compra)</u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Elaborar uma lista de consequências. Vamos propor alguns filmes que nos ajudarão a REFLETIR, quando veremos que o divórcio muitas vezes não é a melhor solução.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
TERCEIRA AULA <b><u>(Disponível 14 dias após a compra)</u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Recuperar o apreço. Numa grave crise conjugal, o casal entra numa situação inversa à do namoro. Por que? Como podermos reverter isso?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
QUARTA AULA <b><u>(Disponível 21 dias após a compra)</u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Recuperar a intimidade. O relacionamento começa a se definhar quando a intimidade deixa de ser compartilhada. Como mudar isso?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
QUINTA AULA <b><u>(Disponível 28 dias após a compra)</u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Reconstruir o diálogo. Como usar essa ferramenta para administrar a família e para crescer no amor conjugal?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O curso é para casais e a sua eficácia depende de que AMBOS PARTICIPEM, ainda que possam assistir as aulas em momentos e locais diferentes.</div>
<div style="text-align: justify;">
É sempre possível superar uma crise conjugal. Basta estejam decididos a LUTAR JUNTOS.</div>
<div style="text-align: justify;">
A estratégia do curso foi pensada para auxiliar na difícil tarefa de vencer uma crise conjugal. Isso exige que sejam tomadas medidas que precisam ser implementadas aos poucos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso, a primeira aula será liberada imediatamente após à aquisição.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: bold;"><u>As demais serão liberadas sempre 7 dias após a liberação da anterior</u></span>. Isso para que o casal possa fazer a ação sugerida ao final de cada aula e, somente após isso, dar o passo seguinte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>As aulas ficarão disponíveis por um ano. </u></b>Nossa proposta é dar uma ferramenta para superarmos esse momento difícil do relacionamento. E, uma vez superada essa fase, as ações para melhorar o seu casamento serão outras. Por isso, cinco a dez semanas será suficiente para se atingir os objetivos propostos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Estamos certos de que, seguindo esse passo a passo, já terão aprendido a trilhar o caminho de volta à felicidade no seu relacionamento conjugal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h2 style="text-align: justify;">
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</div>
Fábio Toledohttp://www.blogger.com/profile/04173664776501071628noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-45678291896673536982019-03-31T17:48:00.000-03:002019-03-31T17:48:08.789-03:00Intrigas digitais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGeMzzM7ExkjMK3HEw00Cl0k5uP6GirXit_4GXURA-HQvkpLZ5WR-eoGiT2XSJI7ODDibhDFOvQgr0-4YJ1JLOqciaIYExKiAczQ7GW0IBS1hDvjyTMkIE6oxygosQfpFEi5_MAlmGcwU/s1600/IMG-20140307-WA0008.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="449" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGeMzzM7ExkjMK3HEw00Cl0k5uP6GirXit_4GXURA-HQvkpLZ5WR-eoGiT2XSJI7ODDibhDFOvQgr0-4YJ1JLOqciaIYExKiAczQ7GW0IBS1hDvjyTMkIE6oxygosQfpFEi5_MAlmGcwU/s400/IMG-20140307-WA0008.jpg" width="223" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Dentre as
inúmeras transformações que o WhatsApp – e outros aplicativos das chamadas
redes sociais – trouxe às nossas vidas, está a possibilidade de se criarem
grupos de pessoas, segundo os mais variados critérios e centros de interesses,
onde se compartilham fatos, experiências, opiniões, curiosidades etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Essa
novidade, sem o risco de incorrermos em exagero, pode ser qualificada com uma
verdadeira revolução, dado o impacto que trouxe para a vida das pessoas, da
sociedade e do próprio Estado. Prova disso está, por exemplo, na mudança
significativa nas campanhas eleitorais. Com efeito, quem viveu no tempo em que
a divulgação dos candidatos se dava com a afixação de panfletos nos postes de
iluminação, ao observar o que ocorre nas últimas eleições, aqui e no mundo,
verá que a mudança foi radical.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Como
quase toda mudança, há aspectos positivos e negativos. A velocidade com que se
difunde a informação pode ser muito interessante e trazer inúmeros benefícios.
Porém, com a mesma rapidez também se difunde a mentira, agora intitulada como Fake
News, a calúnia, a maledicência e, também – e que nos interessa mais
diretamente agora – a discórdia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Quando
pessoas se unem segundo certos critérios, por exemplo, moradores de um
condomínio, colegas de trabalho, torcedores de um time de futebol, adeptos de
certa ideologia etc., em geral, buscam coisas que edifiquem a todos, tais como
compartilhar conhecimentos, interesses, ou mesmo a luta por certas questões.
Porém, com grande frequência, aquilo que reuniu pessoas movidas por interesses
comuns, resvala para a crítica aos que pensam ou agem diferentemente, ou
possuem crenças, posições ou opiniões divergentes. Em suma, um grupo que era
para algo se transforma em um grupo contra algo, contra pessoas ou contra
outros grupos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Esse
fenômeno, em sua essência, não é uma exclusividade dos tempos atuais. A
natureza social do ser humano sempre fez com que pessoas se reunissem para as
mais diversas finalidades. Por consequência, as associações existem há séculos.
E nelas, com grande frequência, uma reunião que seria para buscar algo se
deturpa para atacar pessoas por motivos de raça, religião etc. Aliás, muitas entidades
secretas já nasciam com um propósito de lutar contra outros grupos pelos mais
diversos motivos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Mas o que
há de novidade na situação atual é a velocidade com que as coisas acontecem.
Assim, aquilo que no passado exigia reflexão, tenacidade e perseverança para se
concretizar, hoje acontece em segundos. Com isso, atitudes impensadas têm
consequências desastrosas e, muitas vezes, irreversíveis. Uma informação
distorcida ou falsa se alastra rapidamente, de modo que é quase impossível
contê-la ou mesmo atenuar as suas consequências nefastas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Nesse
contexto, uma qualidade fundamental da mulher e do homem do nosso tempo é – ou
deveria ser – a prudência. Essa, ao contrário do que muitos pensam, não é a
marca da pessoa indecisa, quase sempre inativa, que deixa de agir por medo de
errar. Prudente é a pessoa que sabe em cada situação procurar o verdadeiro bem
e escolher os meios adequados para alcançá-lo. Diz-se dela que é “auriga
virtutum” a condutora das virtudes, pois orienta a tudo o mais, dando a cada
situação o seu peso e a sua medida.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">Convém, portanto,
refletir acerca das consequências que pode trazer um simples toque numa tecla “enviar”,
ou “send” (ou o seu símbolo equivalente). Com efeito, tal como o gatilho de uma
arma que se trazia na cintura décadas ou séculos atrás, o seu acionamento pode
ter efeitos terríveis na vida das pessoas ou das instituições. De igual modo, é
obrigação grave de todo educador, em especial os pais e professores, formar o
sentido de responsabilidade nos jovens, que cada vez mais andam armados por
todos os lados, portando esse equipamento de elevado poder lesivo chamado </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">smartphone</i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 11pt;">.</span></div>
Fábio Toledohttp://www.blogger.com/profile/04173664776501071628noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-76167040127676580832019-03-20T11:25:00.002-03:002019-03-20T11:25:19.335-03:00A mídia e o compromisso com a verdade<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Proliferou-se
na mídia e nas redes sociais a notícia de que uma Juíza de Campinas, numa
sentença criminal, teria se valido de expressões preconceituosas. Trata-se de
um processo em que o réu foi acusado de latrocínio. A defesa alegou nulidade do
reconhecimento do réu feito pelas testemunhas. É que a Lei exige que a pessoa a
ser reconhecida deve ser colocada ao lado de outras que com ela tiverem alguma
semelhança. E isso não foi feito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Enfrentando
a questão, dentre outros argumentos para a condenação, a Magistrada disse: “Vale
anotar que o réu não possui o estereótipo padrão de bandido, possui pele, olhos
e cabelos claros, não estando sujeito a ser facilmente confundido”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Analisada
a expressão no contexto em que foi utilizada, não há nada de preconceituosa.
Trata-se de um crime grave em que uma pessoa foi morta numa tentativa de roubo.
A defesa buscou a absolvição com ênfase na nulidade do processo, por não se
colocar ao lado do réu outras pessoas parecidas com ele no ato de
reconhecimento. Assim, o argumento foi lançado na sentença de modo a reforçar o
valor probatório do depoimento das testemunhas, que apontaram o réu como o
autor dos disparos que culminou na morte da vítima. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Vejamos,
porém, como os fatos foram noticiados. Revista Veja: “Juíza escreve na sentença
que homem não parecia bandido por ser branco”. Na Globo News, em matéria levada
ao ar recentemente, uma jornalista convidada a comentar o caso, disse
textualmente: “Como eu tenho esse cabelo claro e tenho olho azul, eu posso
matar todo mundo, ou posso fazer qualquer coisa, sair roubando as pessoas
porque eu não tenho estereótipo aí de assassino, né?!”. E, mais adiante, afirma
ela: “se a pessoa é clarinha, de olhinho claro, quem sabe ela tem até uma pena
mais camarada, né?”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Acontece
que o réu do processo foi condenado a 30 anos de reclusão! E o argumento foi
utilizado apenas para reforçar o valor probatório dos testemunhos, que
apontavam o réu como autor dos disparos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Talvez
seja ainda uma triste realidade que em nosso País predomina o “PPP” entre os
acusados e condenados. Bem por isso que é notório que os traços físicos do réu
em questão destoam da imensa maioria da população carcerária brasileira. No
entanto, em momento algum a juíza manifestou qualquer juízo de valor acerca
dessa questão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">É célebre
o adágio de que “o texto fora do contexto vira pretexto”. Se trouxermos o mesmo
para ação de certos segmentos da nossa imprensa, é possível afirmar que o texto
fora do contexto, vira pretexto para a injúria, para a difamação e para a
maledicência. Com o devido respeito aos profissionais que agiram assim, é
precisamente isso que se fez no caso em questão. Pinçaram uma frase da
sentença, passando a denegrir injustamente a imagem da magistrada. Tanto que em
muitas das matérias publicadas, dava-se a impressão que o argumento foi
utilizado para absolver o réu! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Vivemos num
momento em que tudo o que possa representar um descrédito ao Poder Judiciário
ganha força na mídia com uma virulência nunca vista. Penso que deveríamos
refletir com coragem sobre o motivo disso. Reportagens como aquelas acima
mencionadas têm como origem apenas uma análise superficial do fato noticiado?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">É curioso
notar que tal campanha surge precisamente quando o avanço de operações
policiais, às quais se seguem denúncias pelo Ministério Público e condenações
pelo Poder Judiciário, têm desvendado organizações criminosas e levado ao
cárcere muitos réus de pele, olhos e cabelos claros e, além disso, ricos e
poderosos. Seriam tais ataques neste momento simples e mera coincidência?<o:p></o:p></span></div>
<br />Fábio Toledohttp://www.blogger.com/profile/04173664776501071628noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-66696521700551134872019-02-18T09:46:00.000-03:002019-02-18T09:46:52.499-03:00Brumadinho e o brasileiro<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Certa
vez, num aeroporto de um País da Europa, observando o comportamento de um
turista, um amigo me disse: “aquele ali é brasileiro”. Como ele não usava sandálias
havaianas, perguntei como sabia disso. “Veja – explicou – ele vinha caminhando
a procura de algo e, quando chegou ao balcão da locadora de veículos que procurava,
não hesitou em deixar o seu carrinho repleto de malas bem no meio do corredor,
sem sequer cogitar que, com isso, iria dificultar a passagem de outras
pessoas”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsyRV04CQD0xbsfzEcgdSIO-_Dzg8bVRt74e7B_hcn9qKDaxjAP5jHkLwfTRXFdLiFjis-DeCo14Bno1bpDmSHhPLF8hopenaSG2ZlMzW96IfyeEmauY-83F1SO313h1wmt2eRCDK8s6w/s1600/blog+brumadinho.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="320" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsyRV04CQD0xbsfzEcgdSIO-_Dzg8bVRt74e7B_hcn9qKDaxjAP5jHkLwfTRXFdLiFjis-DeCo14Bno1bpDmSHhPLF8hopenaSG2ZlMzW96IfyeEmauY-83F1SO313h1wmt2eRCDK8s6w/s400/blog+brumadinho.png" width="400" /></a></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">E a cena
se repete aqui com muita frequência. São os motoristas que conversam no celular
enquanto dirigem, de modo que seguem ziguezagueando pelas ruas e avenidas,
colocando em risco a vida de inúmeras pessoas. São, ainda, os pais e as mães
que param em fila dupla enquanto esperam a filha ou o filho saírem do colégio. Ou,
também, é o motorista que não avança no sinal verde porque precisou terminar de
digitar e enviar – bem naquela hora – a mensagem de WhatsApp etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Essas
atitudes, ainda que muitas vezes sejam justificadas por uma certa
“espontaneidade” do brasileiro, no fundo tem uma causa perversa. Pouco se
importa que outros também precisam passar, que se está travando o trânsito, ou
colocando a vida própria e alheia em risco. Na verdade, nem se pensa nisso. O
que importa é o que cada um precisa ou deseja de fazer. Os outros, que
esperem... Isso tem um nome: egoísmo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">No caso
de Brumadinho, ainda não há provas conclusivas de que tenha havido omissão ou
negligência dos responsáveis, nem que isso tenha sido a causa do acidente.
Aliás, triste repetição da catástrofe de Mariana! Seria aqui uma simples
replicação daqueles gestos tão corriqueiros de descaso com a pessoa do próximo?
Será que só nos damos conta dessa postura tão arraigada quando as consequências
são terríveis, como ocorreram nessas tragédias?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Não seria
correto concluir, a partir dessas considerações, que o brasileiro é egoísta e
que, por esse motivo, o nosso trânsito é um dos mais violentos do mundo, que os
desastres acontecem aqui com inaceitável frequência, muitas vezes como
consequência do descaso perante milhares de famílias que vivem em situação de
risco. Isso porque tal defeito não é exclusividade nossa. Ao contrário, faz-se
muito encontradiço – ainda que com manifestações diversas – em qualquer local
do planeta. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Noutros
Países, porém, considerados como mais desenvolvidos, há uma melhor educação, no
sentido de respeitar as leis de trânsito e como se portar nos locais públicos
de modo a se promover uma convivência harmônica com os demais. E,
principalmente, uma maior preocupação do Poder Público e das pessoas incumbidas
de atuar em atividades de risco em ser diligentes e rigorosas no cumprimento
das normas de segurança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Nunca
gostei de comparações como a que fazemos agora, que levam a pensar que o que
fazemos aqui é ruim e que, noutros locais – em especial na Europa Ocidental, na
América do Norte e no Japão – tudo é bom e funciona magnificamente. O
brasileiro em geral já tem uma baixa autoestima. E essa maneira de abordagem
agrava esse problema. No entanto, temos de admitir que enfrentamos um problema
crônico no que tange a ações efetivas de respeito à vida e à pessoa do próximo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Por outro
lado, porém, ninguém se iguala a nós em compaixão e afeto. É interessante notar
como duas pessoas que sequer se conhecem, ao entabular uma breve conversa num
transporte público, por exemplo, logo abrem suas vidas como se conhecessem há
anos. Com efeito, somos verdadeiramente um povo que tem coração!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Ao
conjugar essas duas tendências opostas, é um grande desafio dos nossos
educadores, em especial os pais e professores, colocar o amor ao próximo também
na inteligência e não apenas no coração. Com isso, seremos mais diligentes em
pensar – e não apenas em sentir – sobre como as nossas ações, grandes ou
pequenas, podem repercutir nas outras pessoas. Isso terá muitas implicações: o
respeito às leis de trânsito; pensar e agir de modo a facilitar a vida dos
demais num local público e; principalmente, a intransigente diligência e cuidado
ao se promover a construção ou manutenção de obras que possam implicar risco à
vida de outros seres humanos.<o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-5866886162195479122019-02-17T18:08:00.000-03:002019-02-17T18:08:06.841-03:00Superendividamento<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3Z3ayv6XbWOgck1EKmGbzbj3ToWwsas6PwHHFUcT_dutSesqseu5Rg1APwPKDtRBPdVTyx3AvbYediYPsU7tw3QnpppzwwYUF8NSNPEdK5Bgp7Hd85Wr9Yf6EPIvuTQ4clLAANZ12HEI/s1600/Imagem1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="112" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3Z3ayv6XbWOgck1EKmGbzbj3ToWwsas6PwHHFUcT_dutSesqseu5Rg1APwPKDtRBPdVTyx3AvbYediYPsU7tw3QnpppzwwYUF8NSNPEdK5Bgp7Hd85Wr9Yf6EPIvuTQ4clLAANZ12HEI/s200/Imagem1.jpg" width="200" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Pesquisa
realizada pela Confederação Nacional do Comércio aponta que, em outubro de
2.018, o percentual de famílias que relataram ter dívidas entre cheque
pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo
pessoal, prestação de carro e seguro alcançou 60,7%. O estudo também revela que
23,5% possuem dívidas com atraso e 9,9% declararam que não terão condições de pagar
os seus débitos!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Diante
desses dados, vem à memória os sábios conselhos que dava um grande homem em
palestra ministrada a casais. Dizia ele: “uma família com dívidas é presa fácil
do diabo”. É claro que essas palavras precisam ser entendidas no contexto em
que foram ditas. Com elas queria o palestrante dizer que as aflições geradas
pelo endividamento excessivo podem colocar o casal em briga, quiçá cada um
atribuindo ao outro a responsabilidade pela situação, gerando conflitos que
agravam o problema e, pior, repercutem muito negativamente na educação dos
filhos e no ambiente familiar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Diante
desse cenário, o que se pode fazer para superar essa dificuldade sem
comprometer a harmonia e a paz no lar? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Para
enfrentar o problema é fundamental recuperar a serenidade. E essa virá, de
certo modo, quando se vislumbrar “uma luz do fim do túnel”. Enquanto se ficar
repetindo a todo o tempo que não há solução, que tudo está perdido etc.,
cria-se um ambiente de angústia e aflição que paralisa as nossas ações, mingua
as nossas forças, podendo nos afundar num desalento difícil de ser superado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">É
necessário um planejamento financeiro. Trata-se de fazer uma estimativa real
das receitas e, feito isso, elaborar um orçamento, prevendo as despesas. Não
vamos aqui descer a minúcias de como fazer isso. Existam muitos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">softwares</i> e dicas para se controlar o
orçamento doméstico. Utilizamos em casa há alguns anos o YNAB, que significa
You Need A Budget. Em português, “Você Precisa de um Orçamento”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Convém ressaltar, porém, não há regras fixas.
Algo que funciona para umas pessoas, para outras não. O fundamental é saber
exatamente o quanto se ganha e, a partir daí, o quanto se pode gastar em cada
item que compõe o orçamento doméstico, esforçando-se para ficar dentro desses
limites.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Acontece
que as pessoas gravemente endividadas não se sentem com forças para elaborar um
orçamento: “não consigo sequer pagar as minhas dívidas, como posso pensar num
orçamento?”, dirão talvez. No entanto, quando falta esse planejamento para a
situação de normalidade, também não se consegue traçar um plano para sair do
vermelho. E se por acaso conseguem de algum modo sair das dívidas, por ausência
de planejamento, cedo ou tarde voltam a se afundar nelas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Também há
que se tomar muito cuidado ainda com as “soluções mágicas”. Elaborar um
orçamento se esforçar para manter os gastos dentro desses limites custa, para a
grande maioria das pessoas, esforços e sacrifícios. Como nem sempre se está
disposto a percorrer esse árduo caminho, muitos vivem de ilusão: “vou jogar na
megasena e não pensarei mais nisso”. Pior ainda acontece quando, movido pelo
desespero, acredita-se em pessoas ou instituições inescrupulosas, que prometem
eliminar ou reduzir drasticamente as dívidas como que num “passe de mágica”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">De fato,
por vezes a situação será tão crítica que não haverá outro remédio que não
negociar com os credores. E há instituições sérias que auxiliam nisso. No
entanto, mesmo para isso é necessário um planejamento. Do contrário, novamente
se assumem compromissos que não poderão ser honrados, agravando ainda mais a
situação no futuro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Por fim,
para os casais que passam por esses percalços convém que estejam muito unidos.
As dificuldades podem unir ou separar os cônjuges. Tudo depende da postura que
se assume diante delas. Talvez seja o momento de recordar a si próprio e aos
filhos que “tem mais quem precisa de menos”. Aliás, se pensarmos bem, as melhores
coisas da vida são gratuitas. Quanto custa contemplar um por do sol? Quanto vale
o sorriso afetuoso ou o abraço carinhoso de um filho? Enfim, como pagar o amor
que Deus tem por cada um de nós?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Fábio
Henrique Prado de Toledo é Juiz de Direito em Campinas e Especialista em
Matrimônio e Educação Familiar pela <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Universitat
Internacional de Catalunya</i>– UIC. E-mail: <span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext;"><a href="mailto:fabiohptoledo@gmail.com"><span style="color: windowtext;">fabiohptoledo@gmail.com</span></a></span></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<br />Fábio Toledohttp://www.blogger.com/profile/04173664776501071628noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-18354300247013775482018-12-02T10:55:00.000-02:002018-12-02T10:55:46.314-02:00Depois do adeus<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhugEfKADcNSt-wU93-c0Ky-_Dio3GusRktZ05oyHLuNYtUKWo4if56E3zmWV9CRnCxyONeiHPYxPBae4K_DOGOKNJvx662EvlgGdi7ALDjh6M_bwubs4qFvGyPyXi_vcwS4PuMkI6Chmo/s1600/blog+orlando.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="320" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhugEfKADcNSt-wU93-c0Ky-_Dio3GusRktZ05oyHLuNYtUKWo4if56E3zmWV9CRnCxyONeiHPYxPBae4K_DOGOKNJvx662EvlgGdi7ALDjh6M_bwubs4qFvGyPyXi_vcwS4PuMkI6Chmo/s400/blog+orlando.png" width="400" /></a><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Muitas
vezes ouvi dizer, em tom de crítica e com forte dose de pessimismo, o seguinte
desabafo: “depois que morre todo mundo vira santo!”. Confesso que isso sempre
me intrigou. De fato, todo ser humano que passou por essa existência terrena e
que tenha atingido a idade da razão teve defeitos, muitos deles talvez os
tenham acompanhado até o último instante. Sendo assim, seria justo esse
enaltecimento das virtudes após a morte?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Quando
alguém muito próximo a nós parte desta vida, talvez consigamos compreender esse
fenômeno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Uma
pessoa com quem convivemos proximamente não consegue esconder os seus defeitos
e as suas limitações. Na intimidade do lar é impossível manter as máscaras que
frequentemente vestimos no ambiente de trabalho ou no convívio social. E então vemos
os demais e somos vistos por eles com maior claridade, tal como se é.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Por outro
lado, porém, não raras vezes, somos implacáveis em reconhecer os erros dos
outros, ao mesmo tempo em que mantemos uma incrível incapacidade de reconhecer os
próprios defeitos e limitações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Mas após
a morte, com a dor da separação, é muito frequente que ocorra o inverso.
Ganhamos luzes para ver quanto bem aquela pessoa nos proporcionava. Uma pequena
comparação – deveras imperfeita – talvez nos ajude a compreender. Quando
estamos num edifício jamais reparamos numa imponente barra de concreto que lhe
dá sustentação. No entanto, se ela se romper e o prédio vier abaixo, então
poderemos lhe atribuir o devido valor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Muitas
vezes agimos assim com as pessoas que nos são próximas. Não sabemos valorizar
os pequenos e grandes serviços que nos prestam, o quanto se desgastam no
dia-a-dia pelos demais, nem o valor que tem a sua simples presença amiga e
acolhedora. Com a sua partida, esse vazio parece emitir um grito silencioso que
nos toca a alma: “meu Deus, como ele era bom!”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Há duas
semanas partiu desta vida terrena o meu pai. Um dos maiores consolos que ouvi –
dentre as inúmeras mensagens de condolência – foi considerar que Deus age como
um bom jardineiro, que colhe para o seu jardim as melhores flores, levando-as
para junto de Si no melhor momento, naquele em que cada alma atingiu a sua
plenitude.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">E quando Deus
chama alguém para si, de certo modo empresta Seus olhos para que nós, que
permanecemos nesse vale de lágrimas, possamos contemplar aquela alma que
transpassa os umbrais da eternidade, tal como Ele a vê, em sua infinita
misericórdia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">É
evidente que tal se dá de maneira imperfeita – porque somos deveras imperfeitos
– e também experimentamos isso, em maior ou menor medida, conforme as nossas
disposições em obter a pureza de coração necessária para obtermos de Deus a sua
infinita misericórdia. Mas quão saboroso é comtemplar as obras benfazejas
daquelas pessoas que amamos, que agora reluzem com a sua partida para a
eternidade!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Mas... E
aqueles defeitos que em vida nos pareciam inegáveis? Ora, Deus os apagou com a
sua infinita misericórdia! Bendito perdão que varre todos os erros cometidos,
inclusive da nossa memória, se buscamos imitar o amor misericordioso de Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Meu pai
foi um homem bom. Quando alguém lhe compartilhava um problema ou manifestava
uma preocupação, imediatamente ele tomava aquilo como próprio. Sabia sofrer com
quem sofre, chorar com quem chora. Mas também sabia sorrir com quem sorria.
Soube amar sem esperar retorno, doar-se para aquelas e aqueles que sabia que
não poderiam lhe retribuir nesta vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Não é
verdade que todo mundo que morre vira santo. Mas é inegável que as virtudes
daqueles que partem para Deus reluzem com a sua partida, dentre outros motivos
para nos alentar a lutar. Meu pai deixou e deixará muita saudade. Mas o Pai do
Céu, de tão bom que é, jamais retirará das nossas mentes e do nosso coração a
bondade que ele nos legou, afinal, foi com ela que ganhou a eternidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Pai,
muito obrigado!<o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-12272161475552528922018-11-20T13:40:00.000-02:002018-11-20T13:40:30.145-02:00Consciência Negra<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Hoje é o
Dia da Consciência Negra. Toda iniciativa que visa eliminar as discriminações injustas
deve ser prestigiada. E a discriminação racial está dentre as mais repugnantes
e inaceitáveis. Por consequência, não deveríamos poupar esforços para a sua
completa erradicação em todas as sociedades do nosso tempo.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3uquEot2yHtD3BxZpe12luKtXdM7NWqHeNDJkfTsQgCOyWYNhicxdghb-roy_4qgr-Y0e_YonMGj_ZW07DDZm3knWcbYnOYWht2RsE0kfamCwKIadehG1HAjDVn_fChV1HFAaR5fYM7A/s1600/blog+negro.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="320" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3uquEot2yHtD3BxZpe12luKtXdM7NWqHeNDJkfTsQgCOyWYNhicxdghb-roy_4qgr-Y0e_YonMGj_ZW07DDZm3knWcbYnOYWht2RsE0kfamCwKIadehG1HAjDVn_fChV1HFAaR5fYM7A/s400/blog+negro.png" width="400" /></a></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Há que se
ponderar, porém, acerca da eficácia dos meios que se empregam para atingir tal
finalidade. É que, por vezes, vale-se de desnecessários embates, que resgatam
intrigas do passado e, pior ainda, colocam a responsabilidade de erros outrora
cometidos sobre as gerações atuais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Nessa
linha, não raras vezes, vê-se modernamente apelos instando a que se peçam
desculpas aos afrodescendentes pelas terríveis injustiças de que foram vítimas,
desde a saída da sua terra natal, séculos atrás, bem como pelos sofrimentos sem
conta a que foram submetidos num regime de escravidão. Mas... quem deveria,
agora, se desculpar por tudo isso? Os de pele clara ou de ascendência europeia
teriam herdado a culpa e, como tal, seriam devedores de toda injustiça dessa
natureza? E a quem endereçaríamos tais escusas? Aos afrodescendentes com quem
convivemos atualmente?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Tais
argumentos, com o devido respeito, têm como fundamento uma espécie de
neomarxismo, ávido de implantar a “luta de classes” em todos as relações
humanas. Ou seja, não mais apenas entre burguês e proletário, mas, também,
entre mulher e homem, negro e branco, homossexual e heterossexual. Em tudo se
pretende selar uma marca indelével de oprimido e opressor, semeando discórdia,
divisão e ódio, ainda que a pretexto de lutar pelos direitos de uma classe, de
um gênero ou de uma raça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Culpa e,
por consequência, responsabilidade pelos atos é algo eminentemente pessoal. Se
uma pessoa cometeu alguma injustiça contra outra em determinado tempo e local,
ainda que esteja isso perdido em inúmeras outras num longínquo transcorrer da
história, àquele homem ou àquela mulher cabe – com total exclusividade –
responder por seus atos. E se não o fez ainda nesta vida, estou certo de que
não escapou de outro Juízo, muito mais sábio e certeiro. De qualquer modo,
ninguém herdou tal responsabilidade, seja por que motivo for.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Ao
afirmarmos que conceitos como culpa e responsabilidade são fenômenos
eminentemente pessoais, não se exclui a influência do meio social na formação
das consciências. Assim, valendo-nos novamente do exemplo do período da
escravidão no Brasil, é evidente que as concepções socialmente aceitas naquele
período influíam no modo de ser e de pensar das pessoas, quiçá favorecendo
injustiças. Mas por mais que tais fatores influíssem no modo de ser, pensar e
agir das pessoas, cada injustiça ou cada ato de amor e respeito ao próximo
sempre foram, são e serão, frutos de decisões pessoais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">O Dia da
Consciência Negra – e não somente nessa data, mas sempre – deve impulsionar à reflexão,
em última análise, acerca de como estamos a promover a dignidade da pessoa
humana. A erradicação completa de toda e qualquer discriminação injusta
pressupõe o reconhecimento da infinita dignidade de cada mulher e de cada
homem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Não se
suprime a injusta discriminação simplesmente suscitando, instigando ou
promovendo o embate entre pessoas, grupos e nações. Por certo, quando certos
grupos ou instituições assumem posturas aberta ou veladamente discriminatórias,
devemos nos posicionar com coragem e intransigência contra quem intenta
perpetuar tais injustiças. Mas nunca estará nessa luta a solução do problema.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Quando
soubermos olhar para cada ser humano – esse bem próximo e que está ao nosso
lado – como uma filha ou um filho de Deus, como alguém radicalmente igual a nós
em dignidade, somente então teremos suplantado toda e qualquer discriminação
injusta. Parafraseando o grande Paul McCartney, viveremos em perfeita harmonia
não somente no teclado do piano, mas em todos os locais deste planeta,
concebido pelo Criador a serem habitados por seres que são e se portam como
irmãos.<o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-39236413126798773702018-10-29T08:38:00.001-03:002018-10-29T08:38:14.334-03:00E agora, José?<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf_xU3xcBO1XKofrelKqpxcesRaS-TfVDgOPedpA8JEqlNn6DkPVf8lqq65C10cgCVXTgo7DZhwP43QrF0tdct__H3ZVDbpwELlj2pJ6swD-BneqgWeS3zgm4ea6go6AG4RbERjR6Ndpo/s1600/blog+jose.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="320" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf_xU3xcBO1XKofrelKqpxcesRaS-TfVDgOPedpA8JEqlNn6DkPVf8lqq65C10cgCVXTgo7DZhwP43QrF0tdct__H3ZVDbpwELlj2pJ6swD-BneqgWeS3zgm4ea6go6AG4RbERjR6Ndpo/s400/blog+jose.png" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;">As
eleições já se foram. Mas restam ainda, na memória e nos recônditos arquivos da
internet, os insultos ao irmão, a piadinha pelas costas da cunhada, as
asperezas no grupo do Whatsapp, os desaforos no Facebook, as intolerâncias
espalhadas aos quatro cantos, com tanta paixão, que de tanto se apaixonar se
perde a razão. Para quê? Parafraseando o grande Drummond de Andrade poderíamos
cantar melancólicos: “E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo
sumiu, a noite esfriou, e agora, José?”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;">Talvez um
ponto estivesse tristemente a unir os dois lados: a insensatez de pensar que um
governante pode mudar, sozinho e num passe de mágica, as nossas vidas. Não! Os
anos de vida – poucos ou muitos – que marcam a nossa existência estão a nos
gritar a cada instante, por mais que insistamos em não ouvir, que o nosso
futuro, o mundo que nos cerca e principalmente o nosso próprio modo de ser
dependem em grande medida nas nossas escolhas e decisões. Com efeito, aspectos
relevantíssimos para cada um de nós, como a felicidade, a realização, a paz de
espírito não dependem, nunca dependeram nem nunca dependerão de quem está no
poder num dado momento da história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;">Mas se a
última disputa eleitoral nos deixa marcas e feridas, esperamos que nos deixe
também uma lição: há muitos valores na nossa vida pessoal e na vida da
sociedade da qual participamos que estão muito acima das ideologias. A vida, o
respeito, a compreensão, a compaixão, o amor e a fraternidade estão – ou
deveriam estar – num patamar mais sublime do que o que pensamos em matéria de
economia, política, tamanho e atribuições do Estado etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;">Nosso
tempo é marcado pela tolerância dos discursos politicamente corretos e de uma
atroz intolerância manifestada em circunstâncias bem concretas da vida real. Na
prática há muitos que pensam e agem com uma visão mesquinha da liberdade que os
move a uma postura do tipo: “respeito a sua opinião, conquanto que seja igual à
minha”. Devemos ponderar, porém, que os grandes ideais não raras vezes são
alcançados com sangue, suor e lágrimas. E a sobrevivência da democracia carece
de mártires dispostos a dar a vida pelo direito do outro pensar diferente de
nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;">A
consciência é um reduto inviolável de cada ser humano. Ali, na esfera mais
íntima da pessoa, a mulher e o homem têm o direito de estar a sós consigo e com
Deus. Não se pode, portanto, jamais julgar uma pessoa em função da sua posição
política e ideológica, nem pela sua adesão ou repulsa a determinado candidato,
partido ou ideologia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;">A maturidade
da democracia se atinge no debate racional e sereno de propostas, planos e
programas. E sinal inequívoco do seu envilecimento são as decisões tomadas ao
sabor das paixões, muitas vezes inflamadas por fake news, calúnias e
maledicências, habilmente disseminadas por quem busca apenas vencer, sem
explicar, convencer, sem raciocinar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 63.0pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;">Mas há também
o que comemorar ao final desse grande embate. Não com uma melancólica
constatação de que “aos vencedores, as batatas”, mas com a reluzente esperança
de que a nossa democracia, ainda imatura, segue evoluindo. Resta ainda, porém, o
grande desafio de reconstruir o que se quebrou, de se recompor o que se partiu.
E isso também não cai do Céu, nem de Brasília. É missão de todos nós.<o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-80989604775703228082018-05-11T10:27:00.000-03:002018-05-11T10:27:00.437-03:00Muito obrigado, mãe!<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Um episódio muito marcante da minha infância
aconteceu na mais tranquila normalidade, na residência em que vivíamos, numa
pequena cidade do interior paulista. Eu e alguns amigos havíamos tentado
empreender uma obra dessas mirabolantes: construir uma casa de madeira numa
mangueira muito alta que havia no quintal da minha avó. O resultado, é claro,
foi frustrante. A pouca idade dos “construtores” e a ausência de ferramentas e
material apropriado fez com que o projeto não fosse adiante.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN4h533mDawQ553a_TQyHj7xVl0FFYcmVj6AigGRC_TSTpWPKqUrOUPXREAr2C6DALxwXkuG7jGwl9sUTtUxmlKBdpvCAkLdBl3fJoQNKusFXZ_ijgSH0KDpxaQElJeJ_g8YeNQpCG6aw/s1600/blog+m%25C3%25A3e.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="320" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN4h533mDawQ553a_TQyHj7xVl0FFYcmVj6AigGRC_TSTpWPKqUrOUPXREAr2C6DALxwXkuG7jGwl9sUTtUxmlKBdpvCAkLdBl3fJoQNKusFXZ_ijgSH0KDpxaQElJeJ_g8YeNQpCG6aw/s400/blog+m%25C3%25A3e.png" width="400" /></a></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Voltei à casa furioso. Minha mãe estava
costurando – embora ela fosse professora de profissão, sempre costurou
magnificamente bem – e, logo que me viu, perguntou o que havia acontecido.
Contei a ela o nosso fracasso. Imediatamente ganhei um carinhoso abraço e um
beijo, com a promessa de nos ajudar da próxima vez. Na época, eu já tinha o
conhecimento suficiente para concluir, com toda certeza, que ela jamais poderia
nos ajudar em tal empreitada. Mas isso não importava, aquele afago carinhoso e
cheio de compreensão serenava os ânimos e nos enchia de paz e de alegria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Não sei o motivo, mas quando me lembro dessa
cena, vêm à memória outra que me ocorreu, dessa vez com o meu pai. Aguardava o
seu retorno, pois era a véspera do primeiro dia de aula no então chamado ensino
primário. Ele me traria uma mochila. Ao escutar os seus passos, fui logo ao seu
encontro, ansioso pelo presente. Meu pai, no entanto, fingiu ter se esquecido.
Mal notou a minha frustração, porém, pegou-me no colo e, apertando fortemente contra
o seu peito, disse-me: “acha que me esqueceria disso, filho!”. E logo em
seguida mostrou-me onde havia escondido o embrulho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">É inevitável comparar as duas cenas. O abraço
da mãe é macio e terno. Comunica-nos acolhida e serenidade... Já o colo do pai
é mais duro e nos enche de segurança e proteção... É difícil de explicar, mas é
inegável que são diferentes. E se me perguntasse então (e agora) qual dos dois
prefiro, por certo responderia: os dois.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Isso me faz lembrar as palavras do Papa
Francisco: “Toda a criança tem direito a receber o amor de uma mãe e de um pai,
ambos necessários para o seu amadurecimento íntegro e harmonioso. (...) ambos
contribuem, cada um à sua maneira, para o crescimento duma criança. Respeitar a
dignidade duma criança significa afirmar a sua necessidade e o seu direito
natural a ter uma mãe e um pai” (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">AMORIS
LÆTITIA</i>, n.172).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Certa vez, um pai, indagado se participava da
educação dos filhos, respondeu mais ou menos assim: “sim, claro! Eu ajudo a
minha esposa com as crianças!”. A resposta, porém, deveria causar espanto:
“ajudo?”. Ajudar significa cooperar com algo que compete ao outro. Acontece que
a educação dos filhos é atribuição de ambos. Do mesmo modo que os dois
cooperaram com a nobre missão de gerar uma nova vida, ambos igualmente devem se
envolver ativa e profundamente nessa árdua, mas ao mesmo tempo maravilhosa
tarefa de formar esses seres que trouxeram ao mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Mas hoje e sempre nos cabe homenagear as mães.
Para isso, voltamos às palavras do Papa Francisco tiradas da mesma encíclica: “as
mães são o antídoto mais forte contra o propagar-se do individualismo egoísta.
(...) São elas que testemunham a beleza da vida. Sem dúvida, ‘uma sociedade sem
mães seria uma sociedade desumana, porque as mães sabem testemunhar sempre,
mesmo nos piores momentos, a ternura, a dedicação, a força moral. As mães
transmitem, muitas vezes, também o sentido mais profundo da prática religiosa:
nas primeiras orações, nos primeiros gestos de devoção que uma criança aprende
(...). Sem as mães, não somente não haveria novos fiéis, mas a fé perderia boa
parte do seu calor simples e profundo. (...) Queridas mães, obrigado, obrigado
por aquilo que sois na família e pelo que dais à Igreja e ao mundo” (n. 174).<o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3683981620333193161.post-12051018213365675242018-04-30T09:29:00.000-03:002018-04-30T09:29:47.877-03:00Dia do Trabalho <br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Amanhã comemoramos o dia mundial do trabalho.
Ocasião ideal para meditarmos sobre o valor que ele tem nas nossas vidas, nas
nossas famílias e na nossa sociedade. Afinal, por que trabalhamos? O que nos
move a dedicarmos várias horas por dia a uma atividade profissional, muitas
vezes cansativa e estressante?</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy8AD5B1HgSkeMraUkwsclBwLDTrcpEKTdLwQBCLKV0SZAq4QZax1T95JEUJrIEC19WcsosHS6ZiTIZeZ7t0qTeTaQeOLvxQVXuPks68zCOQB3NyCct5ryMf55vGzcsosOrE1IPRJOAC8/s1600/blog+trabalho.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="320" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy8AD5B1HgSkeMraUkwsclBwLDTrcpEKTdLwQBCLKV0SZAq4QZax1T95JEUJrIEC19WcsosHS6ZiTIZeZ7t0qTeTaQeOLvxQVXuPks68zCOQB3NyCct5ryMf55vGzcsosOrE1IPRJOAC8/s400/blog+trabalho.png" width="400" /></a></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Muitos consideram o trabalho como um mal
necessário. Temos a necessidade de ganhar dinheiro para suprir as necessidades
pessoais e familiares, de modo que, salvo para alguns poucos privilegiados, que
podem levar uma vida folgada sem trabalhar, para a imensa maioria dos seres
mortais é necessário fazer algo que nos assegure a subsistência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Outros, acabam por encontrar satisfação no
trabalho que desempenham. Talvez com muito esforço e intensa dedicação,
souberam alcançar um posto a que tanto almejavam, ou ainda caminham para isso.
Mas aceitam com gosto todo o sacrifício que implica a luta incessante pelo
sucesso profissional. Movem-nos, porém, uma necessidade de autoafirmação, a
vaidade, o desejo de brilhar, o poder ou ainda o afã de alcançar um
reconhecimento dos demais etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Penso que o trabalho é sim um meio para obter
os recursos necessários para o sustento próprio e da família. Também não é em
si ruim o desejo de sucesso e de reconhecimento profissional. No entanto, o
trabalho tem uma dimensão muito maior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">O trabalho tem uma dignidade que precisa ser
valorizada. Nesse sentido, é tempo de reconhecermos que todo trabalho honesto é
digno. Com isso, não faz sentido classificar as pessoas conforme o trabalho que
desempenham. Numa companhia é tão importante a faxineira como o do Diretor
Presidente. E tomara que num futuro não muito distante sejam reduzidas as
gritantes diferenças de remuneração, que muitas vezes fazem que essas nossas
considerações não passem de discursos vazios...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">O trabalho é, também, um meio privilegiadíssimo
para crescermos nas virtudes. É necessária, por exemplo, a fortaleza para
perseverar diante das dificuldades naturais que se apresentem em qualquer
atividade profissional. O desejo de justiça nas relações laborais também nos
impulsionará a cumprirmos os nossos deveres com a instituição para a qual
trabalhamos, para com os colegas, para com a nossa família e para com toda a
sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">E o trabalho é também ocasião para ajudarmos e
para servir aos demais. Toda atividade, por mais burocrática que pareça, sempre
é um serviço que direta ou indiretamente se presta aos outros. Assim,
dependendo da intencionalidade com que realizamos as tarefas que nos cabem,
podemos contribuir enormemente para fazer melhor a vida daquelas e daqueles que
dependem do nosso trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Além disso, a maneira como nos portamos no
ambiente de trabalho tem enorme repercussão na vida dos nossos colegas. Há
pessoas – sabemos por experiência própria – que parecem trazer uma nuvem
cinzenta sobre a cabeça, tornando carregado o clima por onde passam, com suas
caras amarradas, tom amargo e ares pessimista e lamuriento. Outras, ao
contrário, sabem superar com alegria e bom humor as dificuldades – grandes ou
pequenas – que sempre surgem em qualquer repartição. Com isso, fazem mais
amável a vida de quem com elas convivem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Um grande desafio, portanto, é saber construir
um saudável ambiente de trabalho. E o segredo está, muitas vezes, em esquecermo-nos
de nós mesmos para pensar nos colegas, nos clientes, nos familiares, enfim, em
todos que direta ou indiretamente dependem do nosso trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<br />Flaviana Fiorinhttp://www.blogger.com/profile/05712732785004776872noreply@blogger.com0