segunda-feira, 23 de abril de 2007

Chacina na Universidade

Logo que os noticiários nos relataram o fato horrível que vitimou dezenas de pessoas numa Universidade dos Estados Unidos, confesso que fiquei estarrecido, porém, sem saber ao certo o que pensar nem muito menos como entender isso.
Pensei então que poderia recorrer à opinião de um jovem, afinal, são eles as maiores vítimas do egoísmo que assola as pessoas de nosso tempo. Pedi então ao meu filho que me dissesse o que pensa a respeito do incidente. Em resposta, escreveu-nos ele, com seu estilo conciso: Mais um dia desses eu abro o jornal e vejo que um rapaz sul-coreano matou 32 pessoas numa universidade dos EUA, pois ele era solitário e sempre reclamavam dos amigos ricos, que tinham sorte que poucos tiveram, e não fizeram nada a esse cara. Mas mesmo se tiveram feito, nada justifica (Pedro Henrique Calseverini de Toledo, 11 anos, estudante).
As ponderações, aparentemente sem muito conteúdo, merecem ser meditadas.
Diz ele: Mais um dia desses eu abro o jornal e vejo que... A violência é talvez a causa da maior angústia por que passam os jovens de nosso tempo. Isso deve merecer atenção dos profissionais da informação sobre a forma com que o assunto é abordado. É evidente que o massacre nos EUA, assim como os crimes bárbaros que ocorrem entre nós, não podem ser omitidos pela imprensa. No entanto, é preciso achar um meio termo entre informar e aterrorizar. É que o tom por vezes sensacionalista, e, em outros, excessivamente pessimista, se não for bem dosado pode ensejar a morte nos jovens daquilo que lhes é mais precioso e vital: a esperança.
E segue: (...) vejo que um rapaz sul-coreano matou 32 pessoas numa universidade dos EUA, pois ele era solitário (...). Diante dessa constatação, podemos nos perguntar: será que ninguém fez nada para tentar inserir aquele jovem num convívio saudável? E nós, o que fazemos, quando encontramos numa escola, num ambiente de trabalho, nos nossos círculos de convivência, alguém mais introvertido, com dificuldades de relacionamento? Simplesmente o ignoramos, talvez pensando que essa pessoa é meio “esquisita” e gosta de estar só?
Talvez devêssemos considerar que se há nos ambientes em que convivemos alguém que tem dificuldade de se relacionar, que temos de nos aproximar dessa pessoa, tentar acolhê-la, com compreensão, aceitando o seu jeito de ser, mas animando-a, ajudando-a a se relacionar com os demais. Não podemos ser egoístas a ponto de pensar que não é nosso problema, ou que não nos cabe fazer nada.
“(...) reclamava dos amigos ricos, que tinham sorte que poucos tiveram (...)”. Vivemos numa sociedade hedonista, na qual o prazer é um fim máximo a ser alcançado e é tido como sinônimo de felicidade. Além disso, há o consumismo que leva as pessoas a confundirem o ser com o ter. Numa sociedade que cultua esses valores, não é muito entender a atitude desse jovem. A sua personalidade introvertida e, além disso, o fato de ser de baixa renda o impedia de ter acesso aos grandes bens da sociedade de consumo e, além disso, de desfrutar dos prazeres das festas estudantis.
Porém, (...)nada justifica essa atitude. De fato, nada justifica tirar a vida de ninguém, tanto menos da forma brutal e sem chance de defesa com que aquelas pessoas morreram. Apenas para ser coerente com a defesa da vida, também nada justifica que pessoas humanas, também indefesas, sejam arrancadas cruelmente do ventre materno. Nada justifica.
É inaceitável e, de fato, nada justifica o que aquele jovem estudante fez. Mas, se queremos atacar de verdade as causas dessas barbáries, devemos nos questionar acerca dos valores que cultuamos e transmitimos aos nossos filhos. Ensinamos a eles o valor da amizade? Estimulamos a que se esforcem por conviver bem e respeitar a todos?

Um fenômeno muito negativo que marcam nossos jovens são os grupos fechados que se têm formado, onde o tipo de roupa, os gostos de música e outros tantos detalhes são suficientes para que, alguém que destoe das “regras” seja excluído do grupo. É hora, então, de mostrar-lhe que se deve ter tolerância, saber conviver com quem pensa diferente. Enfim, há que se dilatar os corações dos jovens para que neles caibam a todos. Do contrário, cada vez mais teremos excluídos revoltados ávidos por destruir os grupos sociais que os excluem. E a isso, caro Pedrão, de fato, nada justifica.

A harmonia no lar

Ouvi certa vez que deveríamos nos esforçar para que nossas casas sejam lares luminosos e alegres. Contemplando, porém, o ambiente familiar de nosso tempo, ainda que sejamos muito otimistas, há de se concluir não são propriamente serenos, nem tampouco reina a felicidade a que tanto almejamos por viver, sobretudo nesse recôndito seguro que deveria ser o lar em que vivemos. Por outro lado, se perguntássemos às pessoas como que elas gostariam que fossem suas casas, por certo que responderiam, com algumas variantes, que gostariam que ali se vivesse em harmonia. Assim, cumpre nos indagarmos por que tantos anseiam essa paz na família, porém, muito poucos a constroem de verdade.
Penso que a resposta a isso seja que desejamos os fins, mas somos pouco tenazes em colocar os meios. E os meios com os quais se constrói a paz na família muitas vezes custam, mas vale a pena, tendo em vista os maravilhosos resultados que se alcançam.
Uma coisa muito boa que se deve cultivar na família é que cada um tenha bem claras algumas funções que lhe cabem, e que isso é necessário para o bem estar dos demais. Por exemplo, tirar os pratos da mesa após as refeições, arrumar a cama, guardar as roupas, calçados, brinquedos. E, mais que fazer isso, há que se ter por trás uma intenção, que é esforçar-se por fazer o ambiente mais agradável aos demais. E sendo assim, isso não depende da condição econômica da família, ou seja, se há ou não empregados para isso, até porque facilitar o trabalho desses também contribui para se viver um ambiente de entrega que se espera na família.
Outro ponto importantíssimo é saber ceder. Penso que faz um grande mal os pais que, para evitar problemas, colocam uma TV em cada quarto, pois então não haverá brigas sobre o que assistir. Porém, o uso da TV, em si, já deveria ser limitado, pois não pode substituir as reuniões e o bate-papo entre pais e filhos, e quando se assiste a um programa, há que se fazer juntos, ou, quando menos, que, ora uns, ora outros, saibam ceder ao gosto do outro.
Muito há que se fazer para que haja delicadeza no trato. Os berros pela casa, as frases irônicas, as respostas atravessadas contaminam qualquer ambiente. É certo que isso por vezes custa, porém, esforçar-se nisso implica em ter um lar saudável, ou, ao contrário, um verdadeiro campo de batalha.
Há que se rezar juntos, seja qual for a fé que se professe. Poder-se-ia perguntar, então, se num lar em que não se crê em Deus não seria possível construir a paz familiar. Não sei se seria propriamente impossível, até porque se pode utilizar os outros expedientes também importantes, porém, não tenho a menor dúvida em afirmar que isso seria muito mais difícil.
A paz na família é o resultado de muitos pequenos esforços empreendidos por todos, todos os dias. Trata-se de adiantar-se a atender ao telefone, animar alguém que está mais tristonho, mandar uma mensagem ao celular do filho desejando-lhe boa prova, fazer uma surpresa agradável para a mãe, ou simplesmente beijá-la ao chegar em casa.

Em nossa sociedade de consumo busca-se muito a praticidade e o pequeno esforço em tudo. Porém, por mais que se queira, ainda não está à venda nos supermercados um kit de paz familiar descartável que se possa comprar sem maiores dificuldades. Nesse campo, a paz continua sendo conseqüência da guerra, de uma luta que se há de travar todos os dias para pensar um pouco mais no outro do que em si próprio. Só assim se pode construir um remanso de paz e alegria onde se esteja bem por estar ali, em que cada um é reconhecido e amado simplesmente pelo que é, pai, mãe, irmão, filho, e não pelo que tem ou deixa de ter.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Salvem as instituições

A bola da vez nos meios de comunicação é o “apagão aéreo”. O assunto tem lugar de destaque nos noticiários e, fazendo eco disso, cada cidadão brasileiro se aventura a emitir seu parecer. Que haja opiniões diferentes, e que essas se manifestem é saudável numa democracia. Porém, são preocupantes as considerações negativas, que, consciente ou inconscientemente, denigrem toda uma instituição por erros de um ou alguns de seus membros.
Um dia desses, ouvia num programa de rádio alguém que defendia uma remuneração maior aos militares que trabalham como controladores de vôo. E o argumento era que a função é de grande responsabilidade de modo que não pode receber o mesmo salário que o outro sargento que “apenas ensina os soldados a marcharem”. Ora, a pretexto de se defender uma remuneração mais digna para alguns, humilha-se os demais. Como fica, diante disso, aquele militar sério, que todos os dias se levanta cedo e procura cumprir com esmero e dedicação a sua missão? Não tem ele nada que ver com o “apagão aéreo”, porém, sentir-se-á, com esses comentários, desestimulado.
E essa postura destrutiva não atinge apenas as forças armadas. Ainda há pouco se falava dos altos salários no Poder Judiciário. De novo, que rumo tomou o noticiário e a opinião pública? Os juízes são uns “marajás” que ganham muito e trabalham pouco. Como ficam, diante disso, os juízes sérios, que trabalham doze ou mais horas por dia, que gastam fins de semana trabalhando, privados do convívio com os familiares e amigos, e que, muitas vezes, recebem um salário líquido muito aquém do que se estampam nos jornais? Sentir-se-ão estimulados a trabalhar com o mesmo empenho diante do que pensam deles os cidadãos?
Não há dúvida de que há maus juízes, que muito ganham pelo pouco que fazem, militares que desonram a corporação, políticos que traem o eleitor, mas o que é perigoso e inaceitável é que, diante de fatos negativos, voltem-se as opiniões contra todos, fazendo ruir toda a instituição.
Já se disse muito sabiamente que toda crise é uma oportunidade de melhora, tanto no plano pessoal como institucional. Isso depende, porém, de como reagimos diante dela.
É preciso que sejamos responsáveis e serenos ao analisar os fatos. Se alguns integrantes do exército ou da aeronáutica agiram mal, descumprindo as regras de seu ofício, que recaia sobre eles a punição devida, e que isso sirva para se pensar em como melhorar o funcionamento da instituição, aprimorando-a para as necessidades atuais. O que não é admissível é que, diante disso, cada um se sinta autorizado a atirar pedra indistintamente em toda a instituição. É que, quando isso ocorre, superado o incidente, a mídia se volta para outros fatos mais “quentes”, e fica a instituição em frangalhos, sustentando-se como pode e sem saber como motivar seus integrantes humilhados e desmotivados.
Em 19 de abril de 2006, estive no quartel aqui de Campinas por ocasião da comemoração do dia do Exército. Confesso que fiquei muito bem impressionado com o esmero com que são cuidadas as instalações, bem pintada, grama aparada e tudo impecavelmente limpo. Nas conversas descontraídas entre eles, nota-se ainda um grande respeito pelo superior e que esse, sem perder a autoridade, esforça-se por ser solícito aos seus subordinados. É claro, não tenhamos a ingenuidade de pensar que todo dia seja as mil maravilhas dos dias de festa, mas tenho de admitir que entra pelos olhos a ordem, a disciplina e o respeito que marcam uma instituição séria.

Na próxima quinta-feira a comemoração se repete. Aproveito para prestar aos nossos militares uma justa homenagem, ao mesmo tempo em que conclamamos a todos os cidadãos a buscar a maturidade na análise dos problemas que nos afligem. Que sejamos exigentes com a ética, competência e espírito de serviço de todos os homens públicos. Que exijamos rigor na apuração das faltas cometidas por aqueles que têm por missão servir à nação. Mas também que saibamos agir com justiça nos comentários sobre pessoas e instituições, de modo que as crises sirvam para as fortalecerem, aprimorando-as para servir o povo como o povo merece ser servido.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

O casal e ninguém mais

Lembro-me de uma ocasião em que indaguei a um marido as causas que o levara a procurar a separação, ele me respondeu cheio de amargura: “Doutor, cada vez estou mais convencido de que o casamento é uma loteria, uns acertam, outros erram, mas ninguém sabe exatamente o porquê. É questão de sorte”. Será que o bom êxito na vida conjugal é mesmo uma loteria?
Num curso que participei sobre o relacionamento conjugal, já próximo ao final do evento, o palestrante concluiu que o que sustenta uma relação entre marido é mulher é a qualidade dos momentos que se passam juntos.
Essa frase, se bem entendida, revela o segredo do sucesso no matrimônio. Tanto é assim que se pode diagnosticar que uma relação está em estágio “terminal” não quando há muitas brigas, mas quando ambos vasculham o baú de suas vidas e não encontram bons momentos que souberam viver juntos. Por outro lado, o que sustenta o relacionamento são os bons momentos que souberam viver juntos.
Quando se fala em qualidade dos momentos vivenciados juntos, não se quer dizer que esses sejam sempre bons. Basta um pouquinho de experiência para concluir que a vida a dois não é sempre um mar de rosas. Mas também os momentos difíceis podem ser bem vividos ou mal aproveitados, e é a soma de uns e outros que constroem ou destroem o relacionamento. Por exemplo, quando se passam por problemas com um filho na adolescência, marido e mulher podem se unir para enfrentá-lo e, ao final, perceberão que a dificuldade fez crescer o relacionamento conjugal e a paz na família. Ou, ao contrário, poderão se lançar em acusações recíprocas, cada qual jogando no outro a culpa do problema, de modo que a dificuldade, por ser mal enfrentada, servirá para desestabilizar o relacionamento.
Mas é imprescindível que saibam viver bons momentos juntos. Não há nada de mal em que o casal faça programas com amigos comuns ou familiares. Além disso, é imprescindível que haja passeios e lazer com os filhos e, se possível, com a família reunida, mas é necessário também que haja momentos agradáveis vividos apenas pelos dois e ninguém mais.
Nessas saídas do casal, além de se divertirem, podem conversar sobre os problemas da família. Talvez seja o momento mais oportuno para, de cabeça fria, tratarem da educação dos filhos. É hora também de cada um dizer ao outro, com franqueza e delicadeza, o que desagrada no comportamento do outro, ajudando-o a melhorar. Um grande erro que perturba a paz na família é que marido e mulher costumam apontar defeitos e erros do outro no calor dos acontecimentos, quando será pouco eficaz. Por outro lado quando se acalmam, têm uma grande resistência em tocar no assunto, talvez para “evitar novas brigas”. Acredito que a estratégia deveria ser outra, pois é muito mais eficaz que a esposa diga ao marido que não gosta que ele se atrase para voltar do trabalho quando conversam calmamente em um restaurante, do que o diga com um tom azedo quando ele acaba de entrar em casa após um dia estressante.
E para se por em prática o hábito de o casal fazer programas agradáveis a sós, há de se evitar as falsas desculpas como: “não podemos nos divertir sem os filhos”, ou “não temos dinheiro”. Ora, a família e os filhos precisam que os pais estejam bem e felizes e esses momentos a sós contribuem para isso. E se não se tem dinheiro para sair para jantar, pode-se tomar um lanche, ou simplesmente tomar um picolé na sorveteria da esquina, afinal, não é o quanto se gasta que define o quão agradável será o passeio.

Em suma, o sucesso na vida conjugal é construído dia a dia, através de pequenas coisas que lhe dão cor e sabor. Pode ser um jantar num lugar que agrade a ambos, pode ser no simples fato de ela o esperar bem arrumada, com o perfume que usava nos tempos de namoro, enfim, que se saiba ser criativo, sabendo que são esses pequenos detalhes que constroem os fundamentos de um matrimônio feliz.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Páscoa, vida nova!

Em um domingo de Páscoa de alguns anos atrás, armou-se uma confusão entre os meus filhos, que travavam uma disputa em volta do ovo de chocolate. Aproximei-me decidido a por um fim na briga quando, o que então era o mais novo, deu um grito: “Pára com isso! Páscoa quer dizer vida nova, vocês têm de dividir e não pode brigar!”. Fiquei um tanto espantado e surpreso com a firmeza dele e, além disso, a atitude inesperada do pequeno me encheu de ternura e admiração.
Não sei ao certo por que motivo, agora que essa festa mais uma vez se aproxima, a exortação daquela criança parece recobrar toda a sua força: Páscoa é vida nova!
Todos nós temos anseios de mudança, de um mundo melhor, mais humano, mais feliz para se viver. Gostaríamos que houvesse mais segurança, que as pessoas agissem com mais ética, enfim, temos desejos ardentes de que a paz reine em nosso meio.
Porém, ao mesmo tempo em que nosso pensamento muito se ocupa em imaginar e sonhar com um mundo melhor, normalmente damos pouca atenção para a mudança, a renovação interior.
Penso que nada do que acontece em nossas vidas é indiferente ou sem sentido algum. Tudo o que nos sucede, desde o momento em que acordamos até aquele em que nos recolhemos para o descanso noturno, são ocasiões que nos permitem sermos melhores ou piores.
Por exemplo, quando se acorda, cansado, com sono, remoendo algum problema, ou pensando no quão estressante será o dia, é possível se esforçar por sorrir, por dar um beijo na esposa (ou no marido), por acordar os filhos com um tom amável e acolhedor, ou, ao contrário, sair esparramando mau humor e irritação ao redor.
Quando saímos de casa e nos deparamos com as dificuldades do trânsito, pode-se sair xingando a todos e espalhando grosserias, ou, ao contrário, esforçar-se por ser paciente, ainda que se pense, por vezes com razão, que os motoristas e pedestres de nossa querida Campinas exija uma paciência heróica.
Os dois tipos de atitudes podem também ser escolhidas quando sofremos alguma decepção, uma doença ou experimentamos o sucesso. Em todas elas, podemos nos esforçar por compartilhar isso com os que nos cercam, ou, ao contrário, fecharmos em nós mesmos, colocando-nos no centro do universo.
Um dia desses assisti a um filme bem interessante, em que o ator, Bruce Willis, interpreta um personagem que já adulto, se depara consigo mesmo quando garoto, E a criança vai se frustrando ao se deparar com o que ela é no futuro, ainda que, sob certo aspecto, fosse ele uma pessoa de “sucesso”, com carro conversível, uma bela casa, rico, com uma profissão que lhe permite viagens, jantares em restaurantes caros e etc, mas, apesar disso tudo, a criança o vai fazendo ver o quanto é infeliz, apesar de ter e possuir isso tudo.
E o mesmo pode acontecer conosco. Imaginemos, em nosso círculo de amizade ou de conhecidos, dois tipos diferentes de idosos. Um deles, apesar das dores, doenças e incômodos que a idade traz consigo, não costuma ficar se queixando a todo tempo, sabem ser amáveis, sorridentes e prestativos. Outros, ao contrário, vivem a se queixar disso, daquilo e, com uma voz melancólica, não cansam de repetir “antigamente é que era bom...”.
Pois bem, poderemos ser de um tipo ou de outro (se chegarmos até lá, é claro), e isso depende das opções que tomamos agora, nos detalhes mais pequenos de nosso dia a dia. E a Páscoa é um momento muito privilegiado para nos examinarmos sobre como temos nos portado e, diante disso, fazermos propósitos sinceros e valentes de vida nova, de mudança, de renovação.

Filhão, obrigado pela lição: Páscoa, é vida nova!