Desde que
deflagrado o processo de Impeachment da Presidente Dilma, os movimentos fiéis à
sua permanência no cargo cunharam um slogan – “não vai ter golpe” – que tem se
repetido como um símbolo motivador da luta pela sua manutenção no poder.
Essa
frase, infelizmente, não é mero resultado ou síntese das convicções que tenham
se formado espontaneamente naqueles que apoiam a Presidente. Trata-se, bem ao
contrário, de uma engenhosa e bem articulada campanha de manipulação que se
vale de técnica bastante eficaz de convencimento. Aliás, essa tem sido, infelizmente,
a tônica das campanhas eleitorais de muitos partidos, tanto da situação como da
oposição.
É preciso,
portanto, que entendamos um pouco sobre como funciona a manipulação. Isso se
mostra especialmente necessário se considerarmos que um pilar da democracia é a
soberania popular. E essa se expressa na prevalência da vontade do povo. Porém,
essa vontade há de nascer de uma livre reflexão racional, e não que simplesmente
aflorar da emoção causada por técnicas rebuscadas e eficazes de convencimento.