Recentemente
o Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, em resposta a uma operação da
Polícia Federal que redundou na prisão de policiais legislativos a ele
subordinados, sob acusação de obstruir a Operação Lava Jato, lançou duras
críticas ao Juiz Federal que decretou a medida, chegando a afirmar que “o
Senado não pode se submeter a determinações legais de um ‘juizeco’”.
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Uma Luz no Mundo

- Pai,
você passou no sinal vermelho!
- Será,
filha? – Respondi tentando disfarçar o mau exemplo – Acho que ainda estava
amarelo...
- Pai,
sinceridade! Digo a verdade ainda que me custe? – Insistiu ela com uma frase
pronta, agora aumentando ainda mais o tom de reprovação na voz.
- Filha,
você tem razão. Estava vermelho. – admiti eu envergonhado.
Mas fiquei
curioso para saber de onde vinha aquela frase e como a soube empregar tão
apropriadamente no contexto em que vivenciou. E a explicação veio em breve: no
colégio há – e já havia naquela época – um interessante trabalho de formação
nas virtudes. Periodicamente se escolhe um hábito bom a ser fomentado nas
crianças, que vem acompanhado de um lema. Naquela oportunidade era a
sinceridade, que tinha o lema sabiamente reproduzido pela criança em censura ao
pai que tentava faltar com a verdade.
Passado
um tempo, refletindo sobre o que aconteceu, foi inevitável confrontar aquele
acontecimento com o meu trabalho profissional. E devo admitir ao leitor que
seria simplesmente maravilhoso se o lema dos que procuram a Justiça fosse esse:
dizer a verdade, ainda que isso custe, ainda que isso implique sacrifícios. E
como seria bom viver numa sociedade em que se pode sempre confiar na palavra do
outro...
Mas a
grata surpresa com aquela instituição de ensino não se limitou a isso. Quanto
mais se conhecia – e se vivia na escola e em casa – o projeto pedagógico, mais
ficávamos encantados com o seu potencial renovador.
Lembro-me,
também, de uma primeira reunião a que fomos convocados. Chamam-na de
preceptoria. Até então, estava acostumado a ser chamado ao colégio somente
quando os filhos apresentam problemas de comportamento. No entanto, aquele
encontro não tinha esse motivo. As crianças em geral estavam bem. O feliz
espanto que nos proporcionou a reunião foi notar que conheciam a fundo cada um
dos nossos filhos. Sabiam reconhecer suas muitas qualidades e, a partir delas,
traçar um plano pessoal de melhora, a ser aplicado coerentemente na escola e em
casa, sempre com um profundo respeito pela liberdade.
Os anos
foram passando, alguns filhos já deixaram essa escola, outros vieram, mas o
nobre ideal que motiva os profissionais que dedicam suas vidas à sublime missão
de formar seres humanos prossegue, aprimorando-se cada vez mais. Hoje, felizmente,
já são centenas de famílias que puderam tomar parte de uma entidade que tem a
cara e o coração de uma família. Mais ainda, que tem por lema ser composta por
famílias que formam famílias. É impossível medir, ao menos com nossa míope
visão terrena, todos os bons frutos que esse maravilhoso empreendimento tem
colhido para a nossa sociedade. Sabem-no muito bem, porém, aquelas e aqueles
que tiveram o imenso privilégio de contar com esse poderoso auxílio da educação
dos seus filhos.
Em breve
o Colégio Nautas completará doze anos de vida. Se fosse um ser humano estaria
saindo da infância e entrando na adolescência. Para aqueles que tiveram a grata
felicidade de tomar parte nesse projeto, porém, será sempre uma criança, dessas
bem pequenas que vemos todos os dias perambulando felizes em suas classes e
parques. E o será, dentro outros motivos, pela sua simplicidade, sua alegria, sua
acolhida sincera e pelo seu amor terno, profundo, sincero e incondicional ao
próximo.
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